Porto Alegre, 26 de novembro de 2015 – O setor de transporte tem sido
fortemente impactado por este momento de crise no Brasil. É o que comprova a
Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador – 2015, realizada pela CNT
(Confederação Nacional do Transporte) com representantes de todos os modais,
tanto de cargas quanto de passageiros. O levantamento revela um quadro de
pessimismo e falta de perspectiva de melhoria a curto prazo. A maioria (86,0%)
dos transportadores entrevistados não confia na gestão econômica do governo
federal. Praticamente a metade (49,0%) acredita que o país só voltará a
crescer em 2017. Outros 19,6% esperam crescimento somente em 2018.
Neste ano, 54,0% dos entrevistados disseram que deverão ter redução da
receita bruta na comparação com 2014. O fraco desempenho econômico e a
retração da demanda dos setores produtivos têm levado a maior parte dos
transportadores ouvidos na Sondagem a reduzir seus quadros de funcionários.
79,1% deles tiveram que demitir em 2015 e 29,3% acham que, no próximo ano,
reduzirão sua expectativa de contratação formal.
“O momento é de alerta e inspira cuidados nos diversos segmentos do
transporte. No ano passado, os transportadores já não se mostravam otimistas,
mas, agora, a situação está ainda mais grave. É a pior expectativa em
relação ao desempenho de suas atividades desde o início da Sondagem da CNT,
em 2012”, diz o presidente da Confederação Nacional do Transporte, Clésio
Andrade. Foram ouvidos representantes de todos os modais (rodoviário,
ferroviário, aquaviário e aéreo), no período de 26 de agosto a 17 de
setembro, em todo o Brasil.
No rodoviário de cargas, 36,4% dispensaram transportadores autônomos de
carga agregados em 2015 e 57,2% perceberam aumento do número de casos de roubo
de cargas nas áreas em que atuam. No aquaviário, a maioria (57,5%) das EBNs
(Empresas Brasileiras de Navegação) teve aumento do custo operacional. Já no
ferroviário de cargas, 60% das empresas esperam aumento no volume de cargas
movimentadas em 2015 e 2016. A Sondagem também mostra as expectativas dos
representantes do transporte urbano de passageiros por ônibus, do transporte
metroferroviário, do rodoviário de passageiros e do aéreo.
Ao falar sobre crise na economia, infraestrutura e atividade
transportadora, os entrevistados também indicaram os principais entraves ao
crescimento do setor. Para 67,7%, a elevada carga tributária é um dos
principais problemas do setor de transporte.
De acordo com Clésio Andrade, é necessário implementar estratégias
eficazes para que o país retome o crescimento econômico e contorne os efeitos
da crise. “Investir em infraestrutura de transporte e diminuir a carga
tributária e a burocracia são algumas das medidas mais urgentes. Com essas
ações, reduziremos custos logísticos, proporcionaremos o aumento da
competitividade e mostraremos à sociedade que o setor transportador pode dar um
grande impulso para a retomada do crescimento”, afirma o presidente da CNT.
As informações partem da assessoria de imprensa da Agência CNT.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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