A importância do Fundesa para a proteína animal do RS

Ao longo de quase 20 anos, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul vem ampliando suas atividades no estado.

Começou em 2005, por iniciativa do próprio setor produtivo, que ansiava por uma forma mais ágil de indenizar produtores em caso de ocorrência de doenças de notificação obrigatória, mas também de investir em prevenção. Com o passar do tempo, o Fundo foi ampliando o leque de ações, sendo hoje um diferencial no sistema de defesa sanitária animal do estado. Nosso objetivo principal é garantir a sanidade animal no estado, implementando ações que previnem, controlam e erradicam doenças que possam comprometer a produção pecuária.

O Fundesa-RS atua nas cadeias de aves, suínos e bovinos de corte e leite. Esse modelo colaborativo demonstra a responsabilidade compartilhada entre todos os elos da cadeia produtiva. Funciona com a arrecadação de contribuições de produtores e indústrias em igual parte, e conta com Conselhos Técnicos Operacionais para a definição de ações em prevenção, capacitação e investimentos em estruturas e equipamentos junto ao Serviço Veterinário Oficial. Entendemos que a construção do ideal do Fundesa, com a participação plural, do setor produtivo e suas lideranças, de políticos e do Estado, vem permitindo que o fundo tenha êxito.

Em 2023 e 2024 com os casos de Influenza Aviária em animais silvestres, e NewCastle em Anta Gorda, a atuação do Fundesa também foi fundamental. Seja pelo financiamento de recursos para a atuação na emergência sanitária, como através os convênios com a Universidade da Carolina do Norte e com a Universidade Federal de Santa Maria, que permitiram o uso do modelo de simulação de espalhamento de doenças e a Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS.

Durante a existência do Fundesa, o Rio Grande do Sul alcançou objetivos importantes, como o Certificado Internacional de Área Livre de Peste Suína Clássica, em 2015, e o Certificado Internacional de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação em 2021, ambos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Os certificados concedidos pela OMSA vem contribuindo para a abertura de novos mercados, inicialmente na suinocultura, mas com grandes possibilidades também para outras cadeias.

Por Rogério Kerber Presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa – RS)