Suinocultura

A suinocultura também é o lugar delas

8 de março de 2021
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A cada dia que passa, a presença das mulheres está cada vez mais forte no agronegócio. Na suinocultura, profissão tradicionalmente masculina, elas estão conquistando espaço e enfrentando diariamente os desafios do setor suinícola.

Maria Inês Lorini, de 50 anos, é um exemplo entre tantas mulheres que atuam no setor. Moradora da Linha Piaia, no interior de Palmitinho, ela está no comando da granja da família desde 2009.

A suinicultora explica que assumiu a administração do empreendimento após quatro anos de atividade. “Nos primeiros anos as atividades eram feitas por funcionários, mas devido aos baixos resultados naquele ano eu comecei a cuidar da granja”, comenta.

Maria desenvolvendo os serviços na granja.

No início da trajetória de Maria Inês houveram comentários negativos e desacreditados sobre sua capacidade de gerir a granja, expectativas prévias que não se tornaram realidade. “Foi bem o contrário, pois, além de cuidar, eu consegui aumentar o resultado em 50%. O que já me garantiu a primeira premiação por desempenho”, frisa.

Apesar da rotina exigir muita dedicação e trabalho, ela não esconde a paixão pelo que faz e a dedicação para com os negócios da família. As atividades iniciam às 6h, quando Maria Inês chega na granja e realiza todas as demandas, desde o manejo dos suínos até o carregamento dos animais, mantendo sempre o local limpo e higienizado. “É muito bom trabalhar na suinocultura. Nos dá oportunidade de cuidar do nosso negócio com possibilidades de crescimento e viver com qualidade de vida para nós e nossa família”, comenta. Além disso, assim como a maior parte das mulheres brasileiras, ela também é responsável pelos afazeres domésticos, os quais realiza entre os intervalos da alimentação dos suínos.

Entre seus maiores desafios, está a busca diária por desempenho positivo a cada novo lote alojado, visando melhorar cada vez mais os resultados da atividade suinícola, empreendimento da família.

Liderança

A suinicultora também é uma das lideranças de Palmitinho, município que ocupa a segunda colocação no ranking da produção de suínos para abates no Rio Grande do Sul, conforme dados de 2020.

Atualmente, Maria Inês preside a Associação dos Suinocultores de Palmitinho. É a única mulher a ocupar um cargo de liderança entre as 17 associações e núcleos filiados a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS.

Dados

No Brasil, quase 947 mil propriedades são comandadas por mulheres. A maior parte delas está localizada na região Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste (6%), conforme aponta o Censo Agropecuário 2017.

O número representa 19% das 500,7 milhões de propriedades rurais brasileiras, havendo ainda diferença entre mulheres proprietárias e não proprietárias dos empreendimentos agropecuários. Ainda assim, os homens são responsáveis pela maior parte, gerindo 4,1 milhões de propriedades.

Entre as proprietárias, 50% das atividades econômicas estão relacionadas à pecuária e criação de outros animais; 32% à produção de lavouras temporárias e 11% à produção de lavouras permanentes.

Já entre as não proprietárias (produtoras sem área; concessionárias ou assentadas aguardando titulação definitiva; ocupantes; comandatárias; parceiras ou arrendatárias), 42% das atividades econômicas estão relacionadas à produção de lavouras temporárias; 39% à pecuária e criação de outros animais e 7% à produção de lavouras permanentes.

Crescimento do número de mulheres comandando propriedades rurais.

O restante das mulheres estão distribuídas entre produção florestal (florestas nativas e florestas plantadas), horticultura e floricultura, aquicultura, pesca e produção de sementes e mudas certificadas.

Em relação ao território, juntas elas administram cerca de 30 milhões de hectares, o que corresponde a 8,5% da área total ocupada pelos estabelecimentos rurais no país.

Apesar dos dados mostrarem uma diferença grande entre homens e mulheres, se comparado com o Censo Agropecuário anterior, realizado em 2006, o crescimento da participação delas no agronegócio foi de 6,3%.  No Rio Grande do Sul, a liderança feminina também cresceu, passando 9% para 12%.

 

 

Fonte: Bruna Gomes Stahl, sob supervisão de Simone Jantsch/Assessoria de Comunicação ACSURS

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