O cenário para o setor de carne suína do Brasil tende a melhorar nos próximos meses, com entrada da safrinha e do inverno, disse o diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Nilo de Sá, à Carnetec, na terça-feira (24).
“Espera-se um período menos difícil nos próximos meses, com resultado baixo ou ainda negativo, mas a tendência é de melhora”, disse Sá.
Ele já havia afirmado mais cedo, neste ano, que o aumento das exportações ainda não tinha sido suficiente para elevar as margens de lucro do setor, enquanto o consumo doméstico está reduzido.
A demanda por carne suína no Brasil, geralmente, aumenta todos os anos com a queda das temperaturas e a entrada do inverno. Além disso, a colheita da safrinha deverá elevar a disponibilidade de milho no país, reduzindo os preços do grão e os custos de nutrição dos animais.
“A entrada da safrinha deve reduzir o preço do milho entre 20% e 30%, mesmo com a quebra (na produtividade) observada no Centro-Oeste”, disse Sá. “Já o preço do suíno vivo vem crescendo nas últimas semanas, observando sazonalidade similar a 2015.”
Nilo de Sá está em Paris, na França, para participar da cerimônia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na qual será feita a entrega da certificação a 14 estados brasileiros mais o Distrito Federal como áreas livres de peste suína clássica.
Segundo ele, o certificado evita que a carne brasileira sofra restrições futuras para ser exportada.
“Atualmente, os mercados não fazem restrição quanto a esta doença, mas certamente no futuro o farão. Assim, o país precisa se antecipar antes que isso possa comprometer seus principais mercados importadores”.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50