AÇÚCAR: Nova York realiza lucros e opera no território negativo

Porto Alegre, 23 de maio de 2017 – O açúcar registra cotações mais
baixas na sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE). O
mercado realiza os lucros obtidos na última sessão, levando em conta fatores
técnicos e acompanhando a fraqueza nos preços do petróleo.

Os contratos com vencimento em julho/2017 operam a 16,21 centavos de dólar
por libra-peso, baixa de 0,30 centavo ou 1,81%.

Ontem (22), o mercado estendeu os ganhos da semana passada. Segundo
operadores, as chuvas do final de semana no centro-sul do Brasil, principal
região canavieira do país, afetaram a moagem e a colheita e terão reflexos
nos números de produção que serão conhecidos mais adiante.

Mesmo assim, foi notada uma postura mais cautelosa dos investidores, com
limitados volumes de negócios, após intensa volatilidade nas duas últimas
sessões diante das turbulências políticas no brasil, maior produtor mundial
de açúcar.

Sobre o fator clima, as previsões para a segunda quinzena de maio são de
uma média de chuvas 100% maior do que o normal para o período no centro-sul, o
que deve ter reflexo também sobre o carregamento de navios para exportação
nos portos.

Nas notícias hoje destaque também para a China que decidiu aumentar
tarifas de importação para os principais produtores mundiais nos próximos
três anos.

Valendo já a partir de hoje, os grandes exportadores terão que pagar uma
taxa adicional de 45% para venderem açúcar a china, com a tarifa caindo para
40% em 2018 e para 35% em 2019.

A medida visa proteger a indústria local de açúcar, segundo comunicado
emitido hoje pelo ministério do comércio chinês.

A China importou mais de três milhões de toneladas de açúcar no ano
passado.

Os contratos com entrega em julho/17 encerraram o dia a 16,59 centavos de
dólar por libra-peso, alta de 0,13 ct (+0,79%). A mínima do dia foi 16,23
cents/lb, e a máxima 16,59 centavos.

Com informações da Dow Jones.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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