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‘-AGRICULTURA: ADAB PROMOVE WORKSHOP SOBRE MANEJO DA COCHONILHA ROSADA

28 de maio de 2014
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SAFRAS (28) – Em 2013 foi detectada a presença da Cochonilha Rosada na
Bahia e, por se tratar de uma ameaça fitossanitária às lavouras, a Agência
de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de
Agricultura, realiza o primeiro workshop sobre o manejo integrado da praga. Com
o objetivo de elaborar uma proposta de manejo para minimizar os danos
econômicos ao agronegócio baiano, o encontro interinstitucional teve início
ontem (27) e encerra no final do dia de hoje (28), no auditório da
Superintendência Federal de Agricultura do Estado (MAPA/SFA-BA), no largo dos
Aflitos, em Salvador.
Durante a abertura, o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres,
ressaltou a importância do trabalho interinstitucional e multidisciplinar,
desejando um bom trabalho a todos, uma vez que o resultado do encontro servirá
para definir diretrizes da atividade de manejo no campo. Na Bahia a praga já
atinge a produção de café e cacau. “A nossa expectativa é reduzir os danos
econômicos para o produtor e impedir que a Cochonilha se dissemine para outras
regiões da Bahia e a outras culturas, como a soja e o algodão, além de
garantir a fitossanidade dos cultivares baianos”, disse Torres. De acordo com
o pesquisador da Ceplac, Kazuiyuiki Nakayama, mais conhecido por Dr. Kazoo, os
prejuízos na produção de cacau podem estar em torno de 30% no Sistema
Cabruca, sem controle químico.
Na manhã de ontem, o superintendente de sanidade Vegetal da SFA-BA,
Cláudio Apê Freire, falou sobre o histórico e status da praga no Brasil,
atualmente presentes em Roraima, Mato Grosso, Espírito Santos, São Paulo, Rio
Grande do Sul, e no Nordeste, Bahia e Alagoas.
“Estamos vivendo um momento de quebra de paradigmas para a fitossanidade
brasileira e a Helicoverpa armígera veio para marcar o tempo. A Cochonilha é
uma realidade, por isso precisamos utilizar o manejo integrado de pragas e
conscientizar os produtores sobre a eficiência de medidas, como o controle
biológico”, acrescentou a coordenadora do Projeto Fitossanitário dos Citros,
Suely Brito,representando o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab,
Armando Sá.
“O controle físico e químico são ineficientes no combate à
Chochonilha Rosada, pois o inseto vive em locais protegidos. O que está
funcionando é o controle biológico, utilizando os insetos predadores, como as
joaninhas, e os parasitoides, como as vespinhas”, acrescentou a professora da
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), da Universidade
Estadual Paulista (UNESP), Ana Lúcia Peronti, ao relatar sobre o projeto de
pesquisa sobre a Bioecologia da Cochonilha Rosada, baseado também nas
experiências do Havaí e Austrália no combate à praga.
O pesquisador Nilton Sanches, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, iniciou o
período da tarde de ontem com informações sobre perspectivas de utilização
da Cryptolaemus montrouzieri no manejo da Cochonilha Rosada. Um tipo de
joaninha destruidora de Cochonilha, utilizada na China e na India de forma
eficiente no controle biológico. O trânsito de mudas e sementes também foi
discutido neste workshop, por ser considerado o principal meio disseminador de
pragas.
Na manhã de hoje foram formados grupos, divididos por eixos temáticos,
para discutir e elaborar propostas que serão a encaminhadas para determinar a
forma de trabalho a ser seguida no controle e manejo da praga.
O encontro foi realizado em parceria com a Embrapa, o Ceplac, Sueba/ Cepec
e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O evento contou
com a presença de 45 participantes, dentre eles os representantes da EBDA e de
quatro outros Estados da União: Espírito Santo, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
A Adab marcou presença com 15 servidores, representando o Extremo Sul, o Baixo
Sul, Região Metropolitana, Agreste e Litoral Norte.

A detecção da praga na Bahia
Um dos temas abordados foi o histórico e status da praga na Bahia. A
equipe de trabalho foi preparada, após treinamento teórico e prático
realizado pelo MAPA, que solicitou, em caráter de urgência, que os estados
realizassem um levantamento para determinar o status de ocorrência da
Cochonilha Rosada, a fim de subsidiar a legislação federal que tratará do
manejo da praga.
A equipe da Adab concentrou esforços para realizar o levantamento de campo
nas principais áreas de risco, a exemplo de rodovias federais em proximidade
com áreas de ocorrência e locais onde se possam encontrar hospedeiros
preferenciais, como o hibisco, graviola, cacau, uva e citros. “Assim, no final
de março de 2013, iniciamos os trabalhos em hortos e jardins da região
metropolitana, oportunidade em que material suspeito foi coletado e encaminhado
para especialistas”, acrescentou a fiscal estadual agropecuária e
coordenadora do Projeto Fitossanitário dos Citros, Suely Brito. Ela, juntamente
com a bióloga Consuelo Nunes e com apoio da entomologista Clarice Dias da
EBDA, no Centro de Treinamento de Laboratórios da Agropecuária (CLA), foram
responsáveis por treinar a equipe para identificação da praga.
A praga foi detectada, com confirmação oficial em agosto do ano passado,
na região Metropolitana de Salvador, do Recôncavo Baiano, infestando espécies
ornamentais, e no Extremo Sul, causando danos em lavouras comerciais de cacau e
de café.
De acordo com o Diretor de Defesa Vegetal, Armando Sá, ainda não se sabe
sobre o impacto econômico que esta praga possa trazer às áreas de cultivos
comerciais e de subsistência da Bahia, lembrando que existem grandes
oportunidades no manejo da Cochonilha, graças aos avanços nas pesquisas
científicas.

A Cochonilha Rosada
Esta praga é uma espécie extremamente polífaga, afetando pelo menos 76
famílias botânicas e mais de 200 gêneros em todo o mundo. Algumas das
famílias de cultivos mais importantes incluem cítricos, cacau, chili doce,
pepino, mamão, batata-doce, figo, café, uva, legumes, ervas, hibisco (rosa
graxa) e palmeiras ornamentais. Ela suga a seiva e injeta substâncias tóxicas
na planta, debilitando as culturas e comprometendo a produtividade dos vegetais.
A cochonilha é facilmente disseminada pelo vento, pela chuva, por meio de
pássaros, formigas e veículos.
A presença da praga em uma planta hospedeira é denunciada por um
aglomerado de corpos macios do inseto, de aspecto branco pulverulento,
semelhante à textura do algodão, deixando, em casos extremos, a planta toda
coberta. Também favorece ao aparecimento de “fumagina” um fungo de
coloração negra e que interfere na capacidade fotossintética do hospedeiro.
Com isso, ocorre a diminuição da velocidade de crescimento dos brotos jovens,
podendo inclusive levá-los à morte. Esta “cobertura” também impede que
muitos agrotóxicos sejam efetivos no controle da Cochonilha Rosada e, em
decorrência desse quadro descrito, há uma redução drástica na produtividade
da planta. As informações são da assessoria da Adab.

(CS)

Cotação semanal

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Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

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Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

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Estrela Alimentos - creche e term.

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Estrela Alimentos - base leitão

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JBS

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Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
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