Porto Alegre, 18 de maio de 2015 – Estudo da consultoria inglesa PG
Economics, disponibilizado neste mês, denominado GM Crops: global
socio-economic and environmental impacts, mostra que as culturas geneticamente
modificadas (GM) favorecem a adoção de práticas agrícolas mais
sustentáveis, proporcionando melhorias para a produtividade e para a renda do
agricultor.
De acordo com o levantamento, nos 18 anos em que a biotecnologia está em
uso, as culturas GM foram responsáveis por uma produção adicional de 138
milhões de toneladas de soja e 274 milhões de toneladas de milho. Além disso,
a tecnologia também contribuiu com um acréscimo de 21,7 milhões de toneladas
de algodão e 8 milhões de toneladas de canola.
As lavouras transgênicas permitem ainda que os agricultores produzam mais
na mesma área, reduzindo a pressão sobre florestas e zonas de preservação
ambiental. Se a biotecnologia agrícola não estivesse disponível para os 18
milhões de produtores que a adotaram em 2013, a manutenção dos níveis de
produção global teria exigido 18,1 milhões de hectares extras plantados com
de soja, milho, algodão e canola. Essa área total é equivalente a 29% das
terras agricultáveis do Brasil ou 11% dos Estados Unidos.
O relatório mostra também que a biotecnologia trouxe bons rendimentos aos
agricultores, especialmente nos países em desenvolvimento. O benefício
líquido em 2013 foi de US$ 20,5 bilhões (aproximadamente R$ 61,5 bilhões), o
equivalente a um aumento médio de US$ 122 (R$ 366) por hectare. Nos países em
desenvolvimento, os produtores receberam US$4,22 por cada dólar investido em
sementes transgênicas, enquanto que nos desenvolvidos esse valor foi de
US$3,88.
Para a bióloga e diretora-executiva do Conselho de Informações sobre
Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, o levantamento da consultoria inglesa é
mais uma referência que se soma à extensa literatura sobre os benefícios da
adoção de transgênicos. “A cada anos os estudos confirmam que os organismos
geneticamente modificados são uma ferramenta com grande potencial para
revolucionar a agricultura e a vida do produtor rural.” Além disso, Adriana
ressalta que não há evidências científicas de qualquer prejuízo à saúde
humana e animal ou ao meio ambiente causado pelos OGM.
Outra vantagem da biotecnologia agrícola apontada no relatório da PG
Economics é a redução significativa das emissões de gases do efeito estufa.
Isso porque, como o manejo dessas culturas é mais fácil, há menor necessidade
de utilização de combustíveis. Em 2013, essa diminuição evitou que 28
milhões de toneladas de dióxido de carbono fossem jogadas da atmosfera, o
equivalente à remoção de 12,4 milhões de carros das ruas por um ano.
O estudo apresenta números do cultivo de transgênicos em todo o mundo,
desde 1996 até 2013, e está disponível para download no portal
www.pgeconomics.co.uk.
Sobre o CIB
O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em
2001, é uma organização não governamental, cuja missão é atuar na difusão
de informações técnico-científicas sobre biotecnologia e suas aplicações.
Na Internet, você pode nos conhecer melhor por meio do site www.cib.org.br e
de nossos perfis no Facebook, no Twitter e no Youtube. As informações partem
da assessoria de imprensa da CIB.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45