Porto Alegre, 9 de abril de 2019 – Em Londrina (PR), onde participou do
Fórum do Agronegócio 2019 na Expolondrina, a ministra Tereza Cristina
(Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou que o presidente Jair
Bolsonaro deverá comparecer a jantar organizado com representantes do mundo
árabe e islâmico nesta quarta-feira (10). “Estive conversando com o
presidente Bolsonaro, contando a ele, na quinta-feira passada, e ele me disse
‘vou-lá’. Tomara que vá. Será muito bom se ele puder ir”, adiantou a
ministra sobre o encontro que deverá acontecer na CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil) com a presença de embaixadores desses
países.
“O mercado islâmico, os muçulmanos e os árabes, são grandes
compradores de milho, soja, proteína animal. É um mercado importantíssimo
para esse segmento. Houve um mal-estar, que tenho tentado contornar, recebendo
todos os embaixadores no ministério, conversando, explicando”, disse a
ministra, ao falar sobre desafios de sua gestão no Mapa.
“E, agora na quarta-feira, haverá um jantar que ofereceremos, o
Ministério da Agricultura, a CNA. Eu pedi a CNA que organizasse esse jantar,
para que a gente receba 51 embaixadores do mundo árabe. São 51 confirmados.
Vamos dizer o seguinte: continuamos aqui, somos grandes fornecedores, queremos
continuar essa parceria, essa cooperação comercial. O Brasil continua sendo o
melhor parceiro que vocês podem ter. Então, espero que todos esses que
confirmaram estejam lá”, disse a ministra.
Ao ser questionada sobre a aproximação do presidente da República com
Israel, no fim do evento, Tereza Cristina, comentou: “O presidente Bolsonaro,
desde sua campanha, sempre deixou claro essa sua aproximação política,
ideológica com Israel. Uma coisa é essa identificação, outra coisa é o
comércio. Israel é um país pequeno, que tem uma balança comercial com o
Brasil muito pequena. Nós temos muito para trazer de Israel de tecnologia,
intercâmbios estudantis. Mas na parte de venda, nós temos os países árabes
que são importantíssimos e são amigos do Brasil há muitos anos”, explicou.
A ministra falou também das relações com a China, que é o principal
parceiro comercial do agro brasileiro, um dos destinos de sua viagem no próximo
mês, além do Japão e o Vietnã. Comentou ainda sobre o interesse na
Indonésia, para onde também deverá ir em missão comercial, e sobre as
relações com a União Europeia e Estados Unidos. “A Europa está com
crescimento pífio, os Estados Unidos são autossuficientes e nossos
competidores. A África compra pouco. Mas podemos olhar a Ásia além da China.
Temos ainda muito a prospectar”.
Acrescentou que a China é um grande parceiro do Brasil e que vai continuar
sendo. “Temos que dizer para China e é, por isso, que eu estou indo para lá,
no mês que vem, para dizer: somos parceiros confiáveis, entregamos produtos
de qualidade, com bons preços e o volume que vocês precisam. E não existe
país amigo ou país inimigo, amigos, amigos; negócios à parte. E o Brasil
precisa continuar sendo amigo de todos aqueles que querem comprar os nossos
produtos. É isso que no Ministério da Agricultura estamos fazendo”.
Sobre a Indonésia, destacou ser um grande país com quase 300 milhões de
pessoas. “Nós temos muito a trabalhar. Também estou indo lá, depois da
China. Vou ao Japão e ao Vietnã, que está pronto para comprar vários
produtos do nosso país. E, depois, à Indonésia, porque eles também querem
uma conversa olho no olho com o Brasil”. As informações partem da assessoria
de comunicação do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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