Porto Alegre, 17 de julho de 2019 – A ministra da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira que o principal desafio
do bloco formado por Brasil, India, China, Rússia e África do Sul (Brics) é
resolver tendências ao protecionismo, isolacionismo e unilateralismo. “(Os
desafios) Exigem, como antes, respostas coletivas. Exigem que nos atenhamos à
mesma ideia: simples, mas poderosa, de unir forças”, defendeu durante
boas-vindas a representantes de delegações do Brics que estão em Brasília
para a Reunião de Vice-Ministros de Agricultura do bloco econômico.
O encontro é preparatório da 9a Reunião de Ministros de Agricultura do
Brics, que será realizada em Bonito (MS), em setembro. Os representantes da
delegação seguiram para a sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) para visita a laboratórios que testam novas variedades de
cana-de-açúcar e bancos de sementes e mudas.
Para a ministra, é uma oportunidade de mostrar as inovações produzidas
pela instituição que contribui para o esforço de adaptação da agricultura
tropical às mudanças climáticas. Tereza Cristina também destacou que o
“Brasil país está pronto e disposto a contribuir para garantir a segurança
alimentar global, incorporando, no centro de sua estratégia, os princípios do
desenvolvimento sustentável”.
À tarde, o grupo se reúne no auditório do Mapa para discutir pautas
ligadas ao desenvolvimento da agropecuária dos países membros. Temas como
promoção da ciência, tecnologia e inovação; economia digital; aumento dos
contatos entre o setor produtivo e projetos desenvolvidos pelo Novo Banco de
Desenvolvimento do Brics (NDB na sigla em inglês) estão previstos. A reunião
será conduzida pelo embaixador Orlando Ribeiro, secretário de Comércio e
Relações Internacionais do ministério.
Na quinta-feira (18), as discussões prosseguem e terminam com encontros
bilaterais entre os países-membros.
Representantes
O chefe da delegação chinesa é o diretor do Serviço Veterinário do
país, LI Jinxiang; da indiana, o secretário Shri Sanjay Agarwal; da africana,
o embaixador JN Mashimbye; e da russa, o diretor adjunto Ilia Geraschenko. A
brasileira é chefiada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais
do Mapa, Orlando Ribeiro.
Mercosul
No fim do encontro, Tereza Cristina comentou sobre a Cúpula do Mercosul,
que começou nesta quarta-feira na Argentina. Na reunião, o presidente
argentino Maurício Macri passará o posto de presidente pro tempore do Mercosul
ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro. “Nós temos vários temas, o acordo
com a União Europeia, que precisa prosseguir e também discutir como isso se
dará nos próximos (anos), incluindo a aprovação pelos parlamentos”.
Ela também demonstrou otimismo e afirmou que “as coisas agora
caminharão. Nós temos aí um ótimo clima de discussão. No agro, alguns
problemas entre nós, que nos afetam e que temos que trabalhar uma nova maneira
de ganhar novos mercados”.
O Brasil estará à frente do grupo nos próximos seis meses e será o
anfitrião da próxima reunião do Mercosul, que será realizada no fim do ano
em Bento Gonçalves (RS). As informações partem da assessoria de imprensa do
Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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