Porto Alegre, 13 de janeiro de 2016 – O presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, defendeu a revisão da
Política Nacional de Irrigação, sancionada há dois anos pela presidente
Dilma Rousseff para tentar alavancar a atividade irrigada no país. Em encontro,
nesta quarta-feira (13/01), com o secretário nacional de Irrigação do
Ministério da Integração Nacional, José Rodrigues Pinheiro Dória, ele
propôs uma parceria com o governo federal e os estados para discutir um novo
modelo de irrigação que contemple principalmente os pequenos e os médios
produtores rurais.
“Precisamos estimular mais os estados a participar desta política e
explorar mais o nosso potencial irrigável. Mas não adianta mostrar apenas o
tipo de irrigação que devemos fazer em determinada região, se é por
inundação ou por gotejamento. Precisamos de financiamentos porque são
projetos caros e os irrigantes são, na sua maioria, pequenos produtores”,
justificou João Martins. O Brasil utiliza aproximadamente 20% da área de que
dispõe para irrigação, o equivalente a seis milhões de hectares de um total
de 30 milhões. Desta forma, uma das propostas é iniciar uma agenda técnica de
trabalho para identificar os gargalos e potencialidades.
João Martins também falou sobre a necessidade de promover
assistência técnica aos produtores rurais para identificar e acompanhar a
aplicação dos métodos mais adequados de irrigação nas propriedades com o
objetivo de garantir rentabilidade ao agricultor. “Não adianta fazer nada se
não levarmos a assistência técnica para o campo. Também não podemos
orientar o produtor a irrigar se a irrigação não for economicamente viável.
Precisamos investir naquilo que dá retorno”, afirmou o presidente da CNA.
“Os benefícios da irrigação são inegáveis. Por isso, precisamos de um
debate amplo, ouvir todos, de acordo com as diversidades e as peculiaridades de
cada região”, completou o vice-presidente da entidade, José Mário
Schreiner.
O representante do ministério apoiou a proposta da CNA e concordou com
a necessidade de maior participação dos governos estaduais na Política
Nacional de Irrigação. Ele informou, ainda, que o órgão busca uma parceria
com o Banco Mundial para fomentar projetos de irrigação. Ainda sobre o tema,
defendeu o uso racional da água e rechaçou as afirmações de que a
agricultura seja a “vilã” da má utilização dos recursos hídricos. “Em
um primeiro momento, vamos ouvir o que o setor tem a dizer sobre a irrigação
e as contribuições da CNA serão fundamentais para uma agenda de trabalho
sobre o tema”, disse o secretário. As informações partem da Assessoria de
Comunicação CNA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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