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AGRICULTURA FAMILIAR: Lançamento da Expedição mostra desafios a longo prazo

13 de outubro de 2015
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Porto Alegre, 13 de outubro de 2015 – O desenvolvimento da agricultura
familiar brasileira precisa vencer uma série de desafios nos próximos anos –
entre os quais a ampliação de acesso aos recursos públicos, o aumento da
geração de renda e da produtividade do setor e a sucessão no campo – para
se fortalecer enquanto alternativa sustentável de abastecimento e de segurança
alimentar. Esse foi o primeiro diagnóstico apresentado durante o lançamento
oficial da Expedição Agricultura Familiar, iniciativa do Agronegócio Gazeta
do Povo, na última quarta-feira (7) em Porto Alegre (RS), no Centro
Administrativo do Sicredi.

O evento levou à capital gaúcha o seminário “Tendências da
Agricultura Familiar no século XXI”, que contou com a participação de
representantes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), da
Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater-RS) e dos técnicos e jornalistas do projeto.

Para o coordenador da Expedição, Giovani Ferreira, o debate é um dos
principais fatores para que o segmento produtivo possa continuar se
desenvolvendo. “A agricultura familiar não é mais uma condição de
subsistência. É um segmento que gera renda, receita e movimenta as economias
regionais. Debater a agricultura familiar é debater as condições do futuro do
abastecimento e da segurança alimentar do país e do mundo”, analisou.

De acordo com o CEO do Banco Cooperativo, da Confederação e da Fundação
Sicredi, Edson Georges Nassar, além de todas as políticas públicas, é
necessário estar cada vez mais próximo do produtor, principalmente para a
concessão de crédito. “A agricultura familiar promove desenvolvimento
econômico e social. Por isso, queremos continuar dedicando uma atenção
especial para o segmento”, afirmou.

Valter Bianchini, da FAO, lembrou a força que o segmento tem no mundo
todo. “Nove em cada dez das 570 milhões de propriedades agrícolas no mundo
são da agricultura familiar. A maioria dessas unidades são pequenas, 85% com
menos de 2 hectares”, ressaltou. Já o diretor técnico da Emater-RS, Lino
Vargas Moura, alertou sobre a importância de casar a assistência técnica com
a disponibilidade de crédito e a questão da sucessão, que precisa ser posta
em prioridade pelo segmento. “No Rio Grande do Sul temos um fundo para
assistência de pequenos produtores que já auxiliou mais de 3 mil projetos.
Esses pontos também precisam ser levados aos filhos desses produtores, para que
eles tomem a decisão de permanecer no campo”, defendeu.

O representante do MDA, Marcos Gregolin, apresentou as políticas públicas
destinadas à agricultura familiar e ponderou que, embora haja crescimento da
concessão de crédito governamental para o segmento, o número de contratos tem
diminuído. “Temos a incumbência de pensar as diretrizes para a agricultura
familiar. Neste ano, o valor concedido ao setor, por meio do Plano Safra, é o
maior da história. Mas estamos atentos quanto aos contratos, que estão em
quantidade um pouco menor que nos anos anteriores”, analisou.

Rio Grande do Sul

A importância da agricultura familiar para o Rio Grande do Sul foi
investigada pela Expedição durante a primeira semana de diagnósticos do
projeto, que teve o estado gaúcho como ponto de partida. A equipe de técnicos
e jornalistas percorreu cerca de 2,5 mil quilômetros na região para mostrar as
cadeias produtivas da erva-mate, da uva, do tabaco e de alimentos orgânicos. A
expedição ainda passa pelas produções do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e
Bahia até o final de outubro.

O representante do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do
Rio Grande do Sul (Ocergs), Silvino Wickert, lembrou que, das 138 cooperativas
do estado, aproximadamente 95% são compostas por pequenos produtores, dentro do
enquadramento do Programa Nacional de Fortalecimento Agricultura Familiar
(Pronaf). O dirigente ressaltou ainda a relevância do projeto. “O que nós
precisamos agora é unificar a agricultura familiar brasileira, e por isso a
importância da Expedição Agricultura Familiar no sentido de criar ligações
para o setor”, disse.

Apoio

Apoiam a Expedição Agricultura Familiar: o Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a Souza
Cruz, o Sicredi, a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e a Toyota do Brasil.

Sobre a Expedição Agricultura Familiar

A Expedição Agricultura Familiar é um projeto do Agronegócio Gazeta do
Povo criado para investigar a revolução silenciosa e sustentável da
agricultura brasileira. Consiste em um levantamento técnico-jornalístico que
percorre seis estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia – para traçar um
diagnóstico do setor que está mudando a realidade do campo e é o principal
responsável por abastecer as regiões urbanas do Brasil. Com informações da
assessoria de imprensa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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