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AGRICULTURA: FAO recomenda que Brasil invista em segurança alimentar

16 de outubro de 2017
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Porto Alegre, 16 de outubro de 2017 – Na data em que se comemora o Dia
Mundial da Alimentação, um relatório da Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação (FAO) recomenda que o Brasil incentive o
cuidado com a alimentação e mantenha programas governamentais de acesso a
alimentos para garantir a segurança alimentar dos brasileiros.

O relatório da FAO Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na
América Latina e no Caribe 2017 indica que o Brasil será capaz de acabar com a
fome, que hoje atinge cerca de 3% da população, até 2030. No entanto, para
garantir a segurança alimentar e nutricional, os brasileiros precisam consumir
os nutrientes corretos e até mesmo praticar exercícios físicos.

No Brasil, a alimentação é um direito garantido pela Constituição
Federal e, mundialmente, o tema é um dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável das Nações Unidas, que tem como meta acabar com a fome no mundo
até 2030.

“O Brasil está muito bem em termos gerais. Em 2014 saiu do Mapa da Fome,
com índice de insegurança alimentar abaixo de 5%. Isso revela uma situação
que não é estrutural. São grupos, que precisam de políticas focais. O Brasil
não tem mais o problema estrutural da fome como outros países da América
Latina”, diz o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.

Investimento

O relatório da FAO indica que o Brasil só vai alcançar o Objetivo de
Desenvolvimento Sustentável de número 2: Fome Zero até 2030, se houver
continuidade nos investimentos em políticas públicas voltadas às populações
mais vulneráveis.

“É importante manter o nível de investimento social que se tinha. A
crise, com certeza, é uma ameaça para esses programas. Não é fácil alocar
recursos nesse momento, mas vamos torcer para que a economia consiga se
recuperar e que haja recursos e investimento efetivo no desenvolvimento rural
sustentável, que é a chave [para a segurança alimentar]”, diz Bojanic.

Diversos programas governamentais têm impacto na segurança alimentar dos
brasileiros e eles estão distribuídos em várias pastas, como Educação e
Saúde com merenda escolar e campanhas de alimentação saudável e combate à
obesidade; Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário e Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, com programas de crédito e financiamento para
agricultores familiares; Desenvolvimento Social com Bolsa Família e outros
programas.

A secretária-adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério
do Desenvolvimento Social, Lilian Rahal, ressalta que ainda não é possível
ter um orçamento fechado do ano para políticas voltadas à alimentação
porque os números ainda podem crescer com suplementações. “A situação do
orçamento é pública, todo mundo sabe, temos uma redução sim, mas temos
trabalhado para manter nossos programas operando, principalmente, para as
populações que de fato precisam dessas políticas”, diz.

Segundo ela, apesar da redução em programas como o de aquisição de
alimentos, por meio do qual o governo adquire alimentos de agricultores
familiares para populações mais vulneráveis, que passou de R$ 500 milhões no
ano passado para
R$ 320 milhões este ano; outros programas, como o de cisternas, aumentaram o
orçamento, passando de R$ 125 milhões para R$ 250 milhões. Os valores são
previsões que ainda podem aumentar.

Desafios

O Brasil é um país que lida com dois extremos, são 7,2 milhões de
pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Por outro lado, 60% dos
brasileiros estão com sobrepeso e 20%, obesos. Além disso, um terço das
crianças está acima do peso

“A partir do momento que o Brasil sai do Mapa da Fome e a fome deixa de
ser estrutural, começamos a nos preocupar com outras dimensões da má
nutrição, que não a desnutrição, que passa a ser localizada. A nossa
preocupação é dar conta do que ainda temos de desnutrição e dar conta de
outras formas da má nutrição, como a deficiência de nutrientes, sobrepeso e
obesidade”, diz a secretária-adjunta. As informações partem da Agência
Brasil.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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