Porto Alegre, 5 de dezembro de 2018 – A Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) reuniu hoje a imprensa em Porto
Alegre (RS) para a tradicional coletiva de final de ano, ocasião em que são
avaliadas as principais ações da entidade ao longo do ano, bem como realizadas
projeções para os próximos 12 meses.
O presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, disse que apesar dos
problemas enfrentados ao longo de 2018, é possível dizer que o período foi
positivo para a agricultura e a pecuária familiar.
Entre os pontos positivos levantados pelo presidente, destacam-se impedir a
Reforma da Previdência Social da forma como fora planejada; as melhorias no
SUSAF, as legislações ambientais, o desenvolvimento de diversos programas
através das feiras, um projeto novo da FETAG que são os Biomas; a
implementação da assistência técnica via sindicatos.
Por outro lado, os preços dos produtos agrícolas deixaram a desejar, uma
vez que a lucratividade do produtor, em geral, ficou longe do esperado. Além
disso, agora, ao apagar das luzes de 2018, veio a Instrução Normativa do
Leite, que vai trazer algumas dificuldades; a rastreabilidade dos
hortifrutigranjeiros, que precisa de mudanças e o preço do próprio leite, que
volta a atormentar os produtores com valores que sequer cobrem os custos de
produção.
O presidente Carlos Joel adverte que mal se encerra o ano e já para o
próximo há sérias preocupações. “Aqui no Estado, com a mudança do
governo, será mantida a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e
Cooperativismo (SDR)? Para a diretoria da Fetag, Eduardo Leite afirmou que ela
seria mantida. Mesmo assim, quem será o secretário, qual o seu perfil”?
A mesma pergunta, conta Joel, vale para as pastas da Agricultura,
Educação, Saúde, Meio Ambiente e Segurança. “Um governo para ter sucesso
começa na escolha do grupo que vai trabalhar com ele. Esse pessoal será de
diálogo, vai chamar as entidades para conversar antes de colocar em prática o
que pensa ou vai agir de cima para baixo? Então, todas essas ponderações são
relevantes para que não se criem resoluções que depois sejam inaplicáveis
na ponta”.
O mesmo raciocínio serve para o governo federal, continua. “Já temos a
definição de quem será o ministro da Agricultura. Mas a SEAD irá para o
MAPA? Se a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, conhece a agricultura,
mesmo sendo a empresarial, no INCRA foi colocado uma pessoa que não tem nada a
ver com a pasta. Nos resta torcer que para a SEAD seja indicado alguém que
conheça a agricultura familiar”, afirma.
O presidente espera que em 2019 o crédito fundiário volte a funcionar,
bem como a habitação rural. “Em relação à reforma previdenciária, que
seja mantido o que vinha sendo discutido com o atual governo, ou seja, não
mexer na agricultura familiar”.
Antes de encerrar, Joel lembrou que a FETAG completou 55 anos em outubro.
“A experiência alcançada ao longo de cinco décadas e meia, não nos assusta
com os governos. Somos sabedores que a FETAG é grande, poderosa e que pode
fazer frente e discutir com qualquer governo, seja ele de que partido for. A
FETAG está pronta e em alerta para todas as questões levantadas, inclusive em
relação aos orçamentos, tanto do Estado como da União, que cortam
severamente os recursos destinados à agricultura familiar. Então, a
Federação está atenta a tudo isso e os agricultores familiares podem ter a
certeza de que seguiremos lutando em sua defesa para seguir crescendo como
agricultor e pecuarista familiar”, completou. Com informações da assessoria
de imprensa da Fetag/RS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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