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AGRICULTURA: ILPF no Brasil vai atingir 20 milhões de hectares até 2030

30 de outubro de 2015
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Porto Alegre, 30 de outubro de 2015 – Embora seja uma prática antiga, a
adoção no Brasil dos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(ILPF) ainda é limitada. No entanto, há uma tendência de crescimento a partir
do aperfeiçoamento dessa tecnologia, sobretudo na recuperação de áreas de
pastagens degradadas. É o que afirma o presidente da Sociedade Nacional de
Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga.

“Hoje, cerca de dois milhões de hectares utilizam os diferentes formatos
de ILPF. A previsão é de que, até 2030, a integração seja praticada em
pelo menos 20 milhões de hectares”, estima Alvarenga.

A ILPF, dentro do contexto de agricultura sustentável, é uma tecnologia
que combina produção agrícola, florestas plantadas e criação animal,
realizadas numa mesma área, e que pode ser implantada em cultivo consorciado,
rotação ou sucessão. O sistema tem sido adotado com maior frequência nas
regiões Centro-Oeste e Sul.

De acordo com o presidente da SNA, os sistemas de ILPF que contemplam as
espécies agrícolas, pastagem e floresta, em conjunto, precisam ser mais
explorados. “Grande parte dos pecuaristas prefere implantar apenas a ILP,
deixando o florestamento para uma etapa posterior, tendo em vista as
características de longo prazo das florestas plantadas”, explica.

VANTAGENS

Além da recuperação de áreas degradadas (que hoje somam 50 milhões de
hectares, segundo especialistas), a Integração, de acordo com o presidente da
SNA, apresenta diversas vantagens, dentre elas, o aumento da matéria orgânica
no solo, a redução no uso de agroquímicos, a conservação dos recursos
hídricos, a promoção da biodiversidade, a melhoria do bem-estar animal, a
fixação de carbono e a redução da emissão de gases do efeito estufa.

“A ILPF constitui uma alternativa econômica e sustentável para
diversificar a renda dos produtores, podendo ser adotada em grandes, médias e
pequenas propriedades rurais. O sistema também contribui para a manutenção e
a recuperação das Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal”,
complementa Alvarenga.

PRODUTIVIDADE E TECNOLOGIA

Nos últimos anos, o agronegócio tem conquistado sucessivos ganhos de
produtividade com os avanços tecnológicos. “De 1990 a 2015, enquanto a
produção de grãos aumentou 245 %, a área plantada teve crescimento inferior
a 50%”, observa o presidente da SNA.

Para ele, esses números tem sido obtidos graças ao desenvolvimento e à
aplicação de tecnologias apropriadas, “sobretudo com a incorporação ao
processo produtivo de regiões do Cerrado, que se transformará em um dos mais
promissores celeiros de produção de grãos”.

Atualmente, a Embrapa desenvolve tecnologias com diversas possibilidades de
combinação entre os componentes agrícola, pecuário e florestal.

Já o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Ministério da
Agricultura, incentiva a implantação dos sistemas de integração ILPF, com
linhas de financiamento em condições favoráveis. As informações partem da
assessoria de imprensa da SNA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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