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AGRICULTURA: Irrigação é arma poderosa no aumento da produtividade

31 de janeiro de 2018
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Porto Alegre, 31 de janeiro de 2018 – Começa a haver um consenso no
agronegócio brasileiro de que a agricultura irrigada é hoje uma arma poderosa
para o aumento da produtividade, condição indispensável para o Brasil se
consolidar como maior produtor mundial de alimentos, conforme preconiza a FAO,
organismo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Essa foi uma das conclusões da palestra proferida por Marcus Henrique
Tessler, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Irrigação (CSEI),
da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos.
Intitulada “Uso Racional da Água na Agricultura”.A palestra reuniu cerca
de 60 pessoas na sede da Secretaria da Agricultura de São Paulo nesta terça
(30), em São Paulo.

Na avaliação de Tessler, o mercado brasileiro de equipamentos para
irrigação está cada vez mais profissional e o Brasil, com os seus cerca de 6
milhões de hectares irrigados e uma expansão anual estimada em 200 mil
hectares, oferece uma grande oportunidade para que a irrigação ganhe cada vez
mais relevância. “Além disso, notamos que novos cultivos começam a ser
irrigados em escala produtiva, que os métodos modernos de irrigação,
sobretudo os que envolvem controle e monitoramento, vieram para ficar, e as
empresas do segmento têm mantido um constante ritmo de investimento nessas
novas tecnologias”, destaca o dirigente.

O presidente da CSEI afirmou ainda que o poder público, por seu lado,
precisa gerenciar as bacias hidrográficas de maneira a estimular e facilitar os
processos que envolvem a irrigação. “Além disso, entendemos a necessidade
de se intensificar a divulgação de uma agenda positiva que apresente a
irrigação com uma aliada do crescimento, do progresso, da sustentabilidade
ambiental e voltada para auxiliar no desafio de produzir cada vez mais alimentos
para o mundo”, completou Tessler, destacando que o grande empenho da
indústria de equipamentos para irrigação é “fazer mais com cada vez menos
recursos”, uma vez que em diversas regiões, sobretudo no Nordeste, deve se
acentuar a carência de água, com a consequente disputa pelo insumo, sobretudo
em relação a geração de energia.

O palestrante iniciou sua apresentação lembrando que o Brasil possui hoje
um padrão tecnológico que em nada fica devendo aos demais países, incluindo
Israel e os Estados Unidos, países que são referências na área. Salientou
que o tema da água deve ganhar cada vez mais atenção, pois segundo
estimativas da FAO, até 2050, a demanda mundial pelo insumo deve crescer 40%.
“Nesse sentido, a irrigação é uma decisiva aliada na preservação desse
recurso, uma vez que cerca de 90% da água utilizada no processo de irrigação
retorna para a natureza, seguindo o conhecido Ciclo Hidrológico”, observa
Tessler.

Em função dessa situação de constante deficiência de água, o
dirigente da Abimaq relata que as indústrias do segmento trabalham e investem
cada vez mais para aumentar a eficiência dos sistemas de irrigação. “Desde
os anos de 1990, quando surgiram as primeiras empresas do setor no Brasil, tem
havido um intenso processo de profissionalização, com um nível de
consolidação e de estruturação que tem possibilitado excelentes resultados,
tanto na eficiência do uso da água, quanto no aumento da produção
agrícola”, relata. Entre alguns exemplos de tal incremento na produção,
Tessler recorda que o incremento de produção de café chega a 55%, quando se
compara uma área não irrigada com uma irrigada. Na primeira, a produção
média por hectares chega a 40 sacas, contra 62 na irrigada. Ganhos semelhantes
foram constatados também na cultura de outros produtos.

Para o dirigente da Abimaq, com as modernas e sofisticadas tecnologias
desenvolvidas no agronegócio brasileiro, a tendência é o segmento de
irrigação contribuir cada vez mais para o uso racional da água na agricultura
e também para melhoria da produtividade. “O desenvolvimento de sensores
sofisticados, que indicam o tempo ideal de fazer a irrigação, a conexão das
informações no ambiente da nuvem, o desenvolvimento de novos materiais e
compostos aplicados nos equipamentos, a otimização do uso de satélites e de
drones, a aplicação conjunta de água e fertilizantes, assim como uma maior
interação entre fabricantes, academia e consultores, devem incrementar o que
se começa a classificar como Irrigação Inteligente. Com tudo isso, a
irrigação, cada vez mais, se firma como uma solução para o aumento da
produção de alimentos, garantindo assim segurança alimentar para um mundo
carente de alimentos”, complementa o palestrante.

Ao fazer a saudação inicial antes da palestra, o secretário da
Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou o trabalho
de parceria da Secretaria com a CSEI da ABIMAQ promovido, sobretudo, a partir da
crise hídrica vivida pelo Estado. “Acredito que o próximo grande salto na
produção com aumento da produtividade da agricultura brasileira deverá vir
por meio do uso intenso de tecnologia na irrigação”, afirmou o secretário,
enfatizando é que nesse contexto que se encaixa o evento promovido pela
Câmara. Com informações da assessoria de imprensa da Abimaq.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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