Porto Alegre, 25 de agosto de 2015 – As pragas consideradas de maior
risco fitossanitário e com potencial de provocar prejuízos econômicos foram
definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Terão prioridade nos registros de produtos para controle a ferrugem da soja, o
mofo branco, a helicoverpa armigera; a mosca branca; os nematoides; a broca do
café; as ervas daninhas resistentes e o bicudo do algodoeiro.
Segundo o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Mapa,
Luís Rangel, a dinâmica da agricultura e a pressão das pragas determina que o
governo revise suas prioridades, a fim de disponibilizar produtos mais
adequados às reais necessidades do agricultor.
“As pragas listadas incialmente nesta primeira portaria são
historicamente demandadas pelas câmaras setoriais e pelos acadêmicos do
Brasil. As ações implementadas hoje no Brasil precisam de uma coordenação
com prioridades claras para sustentar a fitossanidade”, diz Rangel.
“Entretanto, são diversas as ações que estão inseridas nos manejos das
diferentes pragas, como o manejo cultural (vazio sanitário), o controle
biológico e a resistência genética”.
A relação das pragas de maior risco fitossanitário foi publicada no
Diário Oficial da União (DOU) dessa segunda-feira (24).
O próximo passo, de acordo com Rangel, será a definição pelo Mapa do
procedimento de levantamentos fitossanitários integrados com o Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) para identificar as
prioridades ano a ano.
Ferrugem da Soja (Phakopsora pachyrhizie)
É uma doença da soja causada por um fungo que se dissemina pelo ar e
que possui grande potencial de dano. Entre as medidas de controle para a praga,
estão as aplicações de fungicidas nas lavouras, que têm grande impacto no
custo de produção. Além disso, ações de vazio sanitário também vêm sendo
implementadas nos estados, a fim de combater a praga. A opção por defensivos
sempre precisa ser revista, visando o manejo da resistência do fungo.
Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum)
O mofo branco é uma doença com poucos produtos fitossanitários
disponíveis, o que torna o seu manejo complexo. A principal forma de controle
é com a integração de estratégias como a rotação de culturas e variedades
tolerantes, além de produtos químicos e biológicos. É uma praga relacionada
às condições ambientais.
Helicoverpa armigera e Broca do Café (Hypothenemus hampei)
São pragas para as quais foram declarados estado de emergência
fitossanitária nos últimos anos. Por isso, é necessário um processo de
prioridade para oferecer alternativas regulares e produtos para dar
sustentação ao controle dentro dos princípios do manejo integrado de pragas.
Mosca Branca (Bemisia tabaci)
É uma praga polífaga (que ataca várias culturas) e de difícil
controle. Os produtos registrados disponíveis precisam da alternância de
mecanismos de ação para evitar a resistência genética.
Nematoides (Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Heterodera
glycines e Pratylenchus brachyurus) e Ervas daninhas resistentes (Conyza
bonariensis e Digitaria insularis)
São pragas consideradas pelas principais sociedades cientificas
nacionais como de importância econômica para a agricultura. Para um controle
eficiente, é necessária uma busca por alternativas mais modernas e menos
tóxicas. Além disso, é fundamental a adoção de medidas que visem a reduzir
a resistência genética causada pelo uso repetido dos mesmos mecanismos de
ação.
Bicudo do algodoeiro (Antonomus grandis)
É a praga mais importante e limitante para a cultura do algodoeiro no
Brasil. O governo conta com políticas específicas e programas de controle da
praga. Esta política carece, no entanto, de mais alternativas de produtos
fitossanitários para assegurar competitividade com viabilidade de custo no
controle da praga. As informações partem da Assessoria de Comunicação Social
do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30