SAFRAS (13) – O Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoveu, nessa quarta-feira (11),
uma discussão sobre a regulamentação do refúgio – manejo de culturas com
tecnologias transgênicas. Estiveram presentes na reunião mais de 50 pessoas
de empresas de biotecnologia, associações de sementes, associações de
produtores rurais, instituições de pesquisa, universidades e da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A reunião é consequência do pedido de intervenção de agricultores ao
Ministério da Agricultura para a normatização do refúgio. “Os pesquisadores
identificaram que estava havendo uma perda de eficiência das tecnologias,
principalmente na questão dos transgênicos, e isso se acentuou muito com o
aumento do uso de tecnologia BT”, comentou o diretor do Departamento de
Sanidade Vegetal (DSV) do Mapa, Luis Eduardo Rangel. “O DSV, entendendo que
isso pode ter um impacto significativo no controle de pragas, resolveu então
mediar a discussão para tentar encontrar um caminho para a regulamentação”,
disse.
O primeiro passo da discussão foi ouvir todos os envolvidos no processo. O
segundo foi estabelecer um critério totalmente científico para poder
determinar os valores de refúgio e preservar, de fato, a tecnologia. Com isso,
segundo Rangel, ficou definido, até o momento, que será criado, de imediato,
um comitê técnico científico para determinar esses percentuais. “Hoje as
empresas comerciais é que estabelecem a porcentagem de refúgio. Com a
regulamentação, o comitê saberá se o valor que a empresa estabeleceu está
sendo adotado e, se estiver adotado, o comitê saberá se está adequado ao
manejo da resistência ou se precisa ser alterado”, explicou.
Países como Estados Unidos, China, India e Austrália já têm
regulamentação para áreas de refúgio e a intenção é se inspirar nessas
leis para criar um modelo brasileiro. “A realidade do Brasil é muito diferente
desses países. Então nós vamos contar muito com a experiência dos nossos
pesquisadores para definirmos as nossas regras”, acrescentou o diretor.
A previsão é que em julho haja uma consulta pública sobre a
regulamentação. “A expectativa é que até o final de julho a norma esteja
aprovada e que na safra seguinte já seja adotada”, comentou Rangel. Com
informações da assessoria de comunicação social do Mapa. (AB)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50