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‘-AGRICULTURA: MATOPIBA É FATOR DE SEGURANÇA ALIMENTAR DO NORDESTE – EMBRAPA

3 de outubro de 2014
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Porto Alegre, 03 de outubro de 2014 – Até 2022, estima-se que a sua área
plantada se expandirá 16,4%, acrescentando cerca de 10 milhões de hectares às
lavouras brasileiras. Sua produção de grãos nesse mesmo período deverá ter
um aumento de 27,8%. Estamos falando de uma área de 70 milhões de hectares
compreendida entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia cujas
siglas formam o termo “Matopiba”, já considerada a grande fronteira agrícola
nacional da atualidade.

O Matopiba é peça-chave para o desenvolvimento da agricultura e para a
segurança alimentar do País. “O investimento na produção sustentável na
região do Matopiba será fator de segurança alimentar para o Nordeste,
assolado por secas que matam as plantas de sede e os animais de fome”, apontou
o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, que prevê com o crescimento
do agronegócio um valioso desenvolvimento social para a região. “Ganhará o
Matopiba e o Brasil como um todo com desenvolvimento regional mais equilibrado,
geração de mais empregos e renda, e menos perdas na pecuária do Semiárido”,
ressalta Lopes.

A atividade agrícola tem se ampliado de maneira veloz no Matopiba. Nos
últimos quatro anos, somente o Estado do Tocantins expandiu sua área plantada
ao ritmo de 25% ao ano, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab). No entanto, apesar do crescimento acelerado, ainda há muito que se
fazer na região para garantir uma agricultura moderna e sustentável. A baixa
fertilidade do solo e a falta de materiais genéticos adaptados ainda são os
principais desafios da pesquisa na região, segundo o pesquisador da Embrapa
Pesca e Aquicultura, Leandro Bortolon. A Unidade, localizada em Palmas (TO),
possui um grupo de pesquisadores dedicados a investigar sistemas agrícolas
sustentáveis, atuando principalmente no Matopiba. “As ações de pesquisa na
área não são recentes, mas eram feitas de forma dispersa. Além disso, muitas
das tecnologias já desenvolvidas pela Embrapa e parceiros precisam ser
validadas para a realidade da região”, explica o pesquisador.

Para resolver esse problema, acaba de ser aprovado na Embrapa um arranjo de
projetos que será liderado por Bortolon e envolve vários centros de pesquisa
da Empresa. O objetivo é traçar estratégias para o aumento da produtividade,
competitividade e sustentabilidade de sistemas de produção agropecuária do
Matopiba. Foram identificados 42 projetos, sendo 18 concluídos e 24 em fase de
execução. “A ideia é levantar o máximo de informações possíveis da
região como as características predominantes: bioma, clima, relevo, solo,
território e recursos naturais, e de posse dos dados desenvolver soluções de
pesquisa e transferência de tecnologia”, afirmou o pesquisador ressaltando que
o trabalho irá contribuir para a redução das diferenças econômicas e
sociais da região e garantir uma produção agropecuária sustentável.

Muitas dessas informações já foram levantadas. A Embrapa Gestão
Territorial (SP) finalizou recentemente a caracterização das áreas do
Matopiba. O estudo identificou os municípios com grande produção de soja,
milho e algodão e levantou as principais características dessas localidades.
“Os resultados vão ser úteis para subsidiar projetos e novos estudos no
Matopiba”, ressalta um dos responsáveis pelo trabalho, pesquisador da Embrapa
Gestão Territorial Rafael Mingoti.

Já está disponível também a proposta de delimitação territorial do
Matopiba elaborada pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da
Embrapa (GITE). De acordo com o coordenador do grupo, pesquisador Evaristo de
Miranda, a delimitação geográfica do Matopiba de forma precisa é fundamental
para apoiar as políticas públicas e privadas na região.

A Embrapa conta com vários parceiros para promover o desenvolvimento do
território. Em conjunto com o Incra, por exemplo, a empresa vem realizando
estudos na área para ampliar o conhecimento sobre a região, utilizando as
tecnologias de cada um dos órgãos. “A tecnologia é uma aliada para vencer os
desafios futuros, e para isso é fundamental o trabalho de inteligência
territorial”, afirma o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

Paralelamente às ações e projetos de pesquisa, a Embrapa está
elaborando um plano estratégico de atuação no Matopiba com a finalidade de
fortalecer o desenvolvimento tecnológico e inovação para a região. Nesse
trabalho estão previstas análises de risco climático, caracterização da
região do ponto de vista socioeconômico, identificação de problemas e
oportunidades, dentre outros.

O início

O potencial para a produção agrícola, especialmente, de grãos e
algodão começou a ser descoberto por produtores que saíram do centro-sul do
Brasil em busca de novos desafios. Atraídos pelo clima definido, vegetação
plana e o baixo preço das terras, os agricultores começaram a transformar a
área de cerrado com mato alto em grandes lavouras.

O gaúcho Celito Breda é um deles. Chegou no oeste da Bahia há 26 anos e
nesse período, junto com outros produtores, contribuiu para aumentar a área
cultivada na região de 250 mil para 2,2 milhões de hectares. “Para muitos que
tinham pouco ou nada, foi a oportunidade de multiplicar o patrimônio e
transformar essa área pobre de cerrado em grande produtora de grãos e
fibras”, comenta. Mas Celito lembra que o trabalho foi árduo e nem todos
tiveram sucesso. “Agricultura é uma atividade de risco. O que faltou para
muitos e hoje ainda falta é gestão para fazer o negócio dar certo”, explica.
Com informações da assessoria de imprensa da Embrapa Pesca e Aqüicultura.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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