Porto Alegre, 6 de novembro de 2015 – A adoção de procedimentos uniformes
e harmônicos entre Minas e estados vizinhos como a Bahia para o controle de
algumas das pragas que atingem as lavouras, foi uma das proposições do
documento elaborado ao final do I Workshop Mineiro sobre Defesa Sanitária
Vegetal, realizado em Janaúba (MG) entre 27 e 29 de outubro.
Nesse contexto, uma das ações poderá ser o controle a ser realizado
durante, por exemplo, o vazio sanitário da soja, que ocorre simultaneamente
entre julho e setembro nos dois estados e durante o qual fica proibido o plantio
do grão, com o objetivo de prevenir e controlar a ferrugem asiática da soja,
doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
“Caso os fiscais de Minas e Bahia verifiquem plantações vivas de soja
nesse período na fronteira entre os dois estados, deverão comunicar aos
órgãos para que sejam adotadas as devidas providências de erradicação
destas plantações”, explica Nataniel Diniz Nogueira, gerente de Defesa
Sanitária Vegetal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão
realizador do workshop. Para ele, “o evento foi uma oportunidade dos órgãos
públicos e dos setores produtivos buscarem soluções para problemas comuns
na área vegetal”.
O documento final do workshop prevê, entre outros, que a técnica chamada
roguing , que consiste na eliminação de plantas doentes, deve ser uma prática
comum e rotineira na Bahia, Espírito Santo e em Minas Gerais, quando
relacionada às plantações de mamão. A medida deverá ser controlada pelo
órgão estadual de defesa sanitária vegetal.
Treinamento
Ficou acertada também a realização de um treinamento para
“pragueiros”, como são chamados os profissionais especializados em
identificar pragas nas lavouras, como o vírus da meleira ou do mosaico,
encontrados na cultura do mamão. Estes profissionais devem residir nas
próprias regiões de ocorrência das pragas e seu trabalho terá o objetivo de
identificar plantas infectadas. O documento final prevê, ainda, a
implantação de um programa de monitoramento do bicudo do algodoeiro, afim de
identificar o real impacto econômico do ataque dessa praga nas plantações no
norte de Minas e Sudoeste da Bahia.
Nataniel Nogueira relata outras proposições acertadas ao final do evento,
como a reunião a ser realizada entre técnicos do IMA e da Superintendência
Federal de Agricultura em Minas (SFA-MG) do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a aplicação aérea de agrotóxico.
Nesta reunião serão definidas as competências relacionadas à fiscalização
por parte do IMA e do Mapa. O IMA também fará contato com o Instituto Nacional
de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) afim de verificar se a entidade
poderá acolher, nas suas centrais de recebimento, agrotóxicos apreendidos
pela polícia.
Para a próxima edição do Workshop, a ser realizada no Sul de Minas, em
2016, será mantido na programação o tema “capacitação e habilitação
profissional”, para atualização dos profissionais habilitados na emissão de
Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), documento que atesta que as
plantações estejam livres de pragas.
O workshop contou com a participação de cerca de 80 pessoas entre
produtores rurais, representantes do setor produtivo, servidores públicos do
sistema da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Seapa), fiscais agropecuários da Bahia, Espírito Santo e do Mapa. Em pauta,
12 palestras abordando os impactos econômicos, sociais e ambientais do ataque
de pragas na agricultura. A realização esteve a cargo do IMA, Seapa, Mapa e
Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte). O evento
contou com o apoio do Sebrae-MG, Sindicato dos Produtores Rurais de Janaúba e
da Associação dos Compradores de Frutas do Norte de Minas (Frucom). As
informações partem da assessoria de imprensa do IMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 24/07/2025 11:15