Porto Alegre, 17 de setembro de 2021 – Na reunião com ministros da
Agricultura do G20, em Florença, na Itália, a ministra Tereza Cristina
defendeu nesta sexta-feira que a, próxima década, deve ser marcada pela maior
disponibilidade mundial de recursos para que produtores rurais possam adotar
práticas inovadoras e sustentáveis.
“Para a próxima década, é necessário ampliar a disponibilidade de
recursos para a adoção de práticas inovadoras. Eles precisam ter custo e
benefício adequados e serem acessíveis a todos, e não apenas a alguns
produtores subsidiados nos países ricos. Somente alinhando tecnologias
sustentáveis com investimentos, faremos da agricultura um setor estratégico
para uma recuperação verde”, disse, ao participar da sessão “Pesquisa como
força motriz da sustentabilidade”.
De acordo com a ministra, a ciência é um dos principais pilares da
sustentabilidade no agro. Primeiro, por criar ferramentas que permitem aos
produtores rurais produzirem mais, usando menos recursos naturais. Em segundo,
por trazer evidências científicas que garantem o fluxo adequado de alimentos.
“Pesquisa e inovação são fundamentais para o desenvolvimento de uma
agricultura de baixa emissão de carbono”, destacou.
Tereza Cristina criticou a adoção de medidas protecionistas por parte de
países ricos, o que, segundo ela, afeta a concorrência global, aumenta o
número de pessoas em situação de pobreza e impacta de forma negativa as
comunidades rurais de nações em desenvolvimento. “O protecionismo, como todos
sabemos, recompensa a ineficiência e é ruim para a sustentabilidade. Mas
agora, além do protecionismo, também enfrentamos o “precaucionismo”.
Os reguladores estão cada vez mais impondo medidas limitantes na tentativa
de proteger os consumidores antecipadamente contra todos os tipos de riscos
possíveis. Isso não é racional. Os países devem abster-se de implantar
barreiras comerciais injustificáveis e se concentrar na remoção permanente
das barreiras pendentes”.
Para a ministra, todas as decisões e a regulamentação mundial do agro
devem ser tomadas com base em evidências científicas. “A ciência é a chave
para mantermos o comércio fluindo e os mercados previsíveis”.
Os membros do G20 são: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita,
Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos,
França, India, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia,
Turquia e a União Europeia. A Espanha é convidada permanente. Os membros do
G20 respondem por mais de 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% da
população do planeta.
Reuniões bilaterais
Em Florença, Tereza Cristina teve reuniões com colegas dos países
participantes. Ela encontrou-se com secretário dos Estados Unidos, Tom Vilsack,
para debater agricultura sustentável e ações conjuntas de prevenção à
entrada da Peste Suína Africana nos territórios brasileiro e norte-americano.
No encontro com o ministro da Espanha, Luis Planas Puchades, Tereza Cristina
agradeceu o apoio do governo espanhol à assinatura do Acordo Mercosul-União
Europeia. “Concordamos que o comércio agrícola justo e livre beneficiará
produtores e consumidores nos dois blocos”, disse.
Agenda
Neste sábado (18), a ministra irá debater com seus pares a Contribuição
do G20 para a próxima Cúpula dos Sistemas Alimentares (Food Systems Summit) e
para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26).
Com informações da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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