Porto Alegre, 5 de novembro de 2015 – A ministra da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Kátia Abreu, anunciou nesta quarta-feira (4) que vai criar
mecanismos para desburocratizar o Registro Experimental Temporário (RET) de
agroquímicos utilizados na agricultura para reduzir o prazo do registro final
desses produtos.
Em entrevista coletiva após a inauguração de dois novos laboratórios da
Bayer CropScience, na cidade de Paulínea (SP), ela informou que a ideia é
tratar os produtos importados para o estudo de moléculas e desenvolvimento de
novos produtos como químicos convencionais. “Isso facilitará a pesquisa”,
defendeu.
O Ministério da Agricultura, segundo Kátia Abreu, também quer duplicar o
número de agrônomos para agilizar a análise desses produtos, antes da
liberação comercial. “Cada técnico analisa 40 processos por ano e
duplicaremos a quantidade de agrônomos para que tenhamos número maior de
produtos analisados”, disse.
“Temos não mais de que 100 técnicos operando agroquímicos no país e
vamos ainda formar pessoas no Brasil todo para multiplicar esses operadores”,
observou.
A ministra disse ainda que o corte de R$ 30,5 bilhões, determinado pelo
governo, do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) foi focado na
demanda por esses recursos. Ela informou que o governo levantou os dados sobre o
desempenho desses empréstimos, principalmente para os grandes produtores, e
observou uma procura “baixíssima”.
“Nós levantamos, antes de dar o grito, o desempenho dos empréstimos e,
principalmente para os grandes produtores, a tomada foi baixíssima nesse
período. A redução proposta foi exatamente em cima da demanda, pois, se
tivesse tido procura, não tinha mais nenhum real”, acrescentou Kátia Abreu.
Moderfrota
Ela explicou ainda que no caso do Moderfrota, linha de crédito destinada
à compra de máquinas agrícolas para os pequenos e médios produtores, já
foram contratados 70% dos recursos para a safra 2015/2016, “tamanha a agilidade
desses agricultores”. A demanda foi tão forte, segundo a ministra, que parte
dos recursos foram guardados para o próximo semestre. “Guardamos uma parte do
Moderfrota para o semestre que vem, porque a safra vai de julho a junho de
2016”, explicou a ministra.
Kátia Abreu comentou ainda informações de que persistem as dificuldades
para a captação do crédito rural. Ela afirmou que houve um aumento de 30% na
tomada de crédito por parte de agricultores entre julho e setembro da safra
2015/2016, em relação ao mesmo período da safra passada. Admitiu, no entanto,
que, devido à crise, as instituições financeiras estão mais restritivas na
análise de liberação de empréstimos.
“Se bancos, em sua autonomia e de forma privada, querem obedecer às
regras de Basileia e querem se tornar mais seguros com relação aos
empréstimos, não podemos obrigá-los”, disse a ministra. “Eles estão mais
exigentes em relação aos empréstimos e isso é uma autonomia dos bancos.”
Com informações da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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