Porto Alegre, 14 de maio de 2020 – Repetindo o cenário do primeiro
quadrimestre do ano passado, celulose e soja em grãos se consolidaram como os
principais produtos exportados por Mato Grosso do Sul, entre janeiro e abril de
2020. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, apontam que a oleaginosa, sozinha, movimentou mais de US$ 524
milhões. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS
(Aprosoja/MS) a pandemia não impediu o avanço das comercializações e a
agricultura será suporte para diversas outras atividades.
“A retomada já está ocorrendo. O setor rural não parou de produzir
nesse período de quarentena e toda a parte do pré e pós-plantio estão em
funcionamento, contribuindo para que diversos setores continuem operando.
Acreditamos que estamos em pleno vapor”, explica o presidente da Aprosoja/MS,
André Figueiredo Dobashi, ao considerar fatores climáticos como desafios para
as lavouras.
De acordo com a economista da Aprosoja/MS, Renata Farias Ferreira da Silva,
em abril deste ano houve um aumento nas exportações de soja de cerca de 104
mil toneladas, um avanço de 15% em relação a março. Comparando com abril de
2019, o aumento foi ainda maior, de 38%. “Mato Grosso do Sul costuma apresentar
menores taxas de exportação nos meses seguintes a março, isso não demonstra
um mercado em crise, apenas uma tendência já conhecida devido a fatores
externos, como clima e o início da safrinha. Mas em 2020 nos deparamos com uma
elevação nas exportações, fato que demonstra um setor em plena atividade e
com perspectivas positivas de atender ao mercado interno e externo”, pontua
Renata.
Quanto ao milho, de acordo com a Aprosoja/MS, a queda nas exportações
não surpreendeu, devido ao forte movimento ocorrido ainda em 2019. “A análise
histórica da curva nos mostra que o ano de 2019 foi recorde em exportação,
com 2,65 milhões de toneladas remetidas ao exterior, enquanto em 2018 não
passamos de 594 mil toneladas exportadas. Dada essa elevada exportação em
2019, não houve estoque significativo para ser exportado no início de 2020 e
só devemos retomar essa exportação após a colheita da 2 safra de milho que
está em desenvolvimento”, explica Renata.
Na avaliação de Dobashi se o período chuvoso se mantiver, como o que
ocorreu nesses últimos dias, apesar da área plantada ter sido menor, podemos
ter um restabelecimento da produtividade, que ainda depende da não ocorrência
de geadas que prejudiquem o final da safra. Com informações da assessoria de
imprensa da Aprosoja/MS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 05/08/2025 09:30