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AGRICULTURA: Oeste da Bahia tem maior nível de água dos rios em 4 anos

24 de julho de 2018
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Porto Alegre, 24 de julho de 2018 – Considerando a sazonalidade
climática natural em área do Cerrado, e a chegada do período seco no oeste da
Bahia, quem mora em cidades ribeirinhas, como Barreiras, Correntina, Jaborandi
entre outras, passam acompanhar a redução natural da vazão dos rios até as
próximas chuvas, previstas para o mês de outubro. A boa notícia é que a
quantidade de água que desce pelos rios é a maior dos últimos quatro anos. A
explicação está ligada ao regime de chuvas.

Segundo dados do programa fitossanitário da Associação Baiana dos
Produtores de Algodão (Abapa), no período 2017/2018, foram 1097,01 mm/m, e
em 2016/2017, foram 949,25 mm/ m de chuva. O pior ano foi na temporada
2015/2016, quando choveu somente 810,79 mm/ m, o que interferiu, não somente
no nível dos rios, mas prejudicou a produção agrícola do oeste da Bahia,
onde 94% de toda a produção é em sequeiro, ou seja, depende diretamente das
chuvas.

Com estudos há dez anos no oeste da Bahia, que culminou na pesquisa de
doutorado sobre paleoclimatologia, o professor e pesquisador da Universidade
Federal do Oeste da Bahia (UFOB), o geógrafo Ricardo Reis é enfático ao
afirmar que o regime de chuvas interfere diretamente no volume das águas
superficiais. Para ele, as variáveis climáticas naturais têm muito mais peso
na disponibilidade hídrica no oeste da Bahia do que as ditas variáveis
climáticas antrópicas. “No caso dos rios do oeste da Bahia, as pressões
causadas pelo homem, com o uso por parte dos usuários da bacia hidrográfica, a
exemplo de irrigação, indústria e abastecimento para quem mora nas cidades,
são menores quando comparado ao clima, como a baixa pluviosidade, por
exemplo”, afirma.

Ao corroborar a opinião de Reis, o meteorologista e pesquisador da
Universidade Federal de Alagoas, PHD em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia
de Florestas, Luiz Carlos Molion, também acredita que as restrições
hídricas das últimas quatro temporadas estão associadas ao ciclo climático e
não à irrigação das lavouras, como disseminado por quem mora nas cidades.
Durante um evento em outubro do ano passado em Jaborandi (BA), Molion previu a
chegada do fenômeno La Niña o que iria garantir a boa distribuição das
chuvas, promovendo boa produtividade na safra, bem como a normalização do
nível dos rios. “Está previsto o fim de um ciclo e o começo de um outro,
pois na natureza nada é definitivo. Vejo uma boa previsão para os próximos
dez anos, mas a curto prazo posso adiantar que os anos de 2018 e 2019 serão
melhores em termo de chuvas”, prevê, ao entender como cíclica a baixa
pluviosidade dos últimos anos.

Diante da necessidade de mais informações relacionadas ao potencial
hídrico do aquífero Urucuia, que funciona como uma caixa de recarga para os
rios do Oeste da Bahia, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pesquisadores
da Universidade de Nebraska, dos Estados Unidos, com o apoio da Associação de
Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), vem se empenhando para mensurar a
disponibilidade hídrica das águas subterrâneas e superficiais do oeste da
Bahia. Até o momento, os estudos preliminares não apontam nenhum indicativo
que o Aquífero Urucuia esteja sendo prejudicado pela atividade agrícola,
independente da escala de produção – pequeno, médio ou grande.

As informações obtidas através do estudo do potencial hídrico serão
disponibilizadas para a sociedade em geral e subsidiará a gestão dos recursos
hídricos de maneira a garantir o uso da água para o consumo humano e
produção de alimentos de maneira sustentável. O estudo do potencial hídrico
também conta com a parceria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA),
Secretaria de Agricultura, Irrigação, Pecuária, Pesca e Aquicultura (SEAGRI),
Secretaria de Infraestrutura Hídrica (SIHS) e o Instituto de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (INEMA). As informações são da assessoria de imprensa.

Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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