AGRICULTURA: Operação contra crimes no setor prende 38 pessoas

São Paulo, 17 de março de 2017 – A Polícia Federal deflagrou, nesta
manhã, a operação Carne Fraca, com mais de 1100 policiais federais cumprindo
309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 prisões
temporárias, 77 conduções coercitivas e 194 buscas, com o objetivo de
desarticular uma quadrilha liderada por fiscais agropecuários federais e
empresários do agronegócio.

Segundo a PF, a operação detectou em quase dois anos de investigação,
que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do
Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam diretamente para proteger
grupos empresariais em detrimento do interesse público.

Na investigação foi descoberto que os agentes públicos, utilizando-se do
poder de fiscalizar, atuavam para facilitar a produção de alimentos
adulterados, mediante pagamento de propina, emitindo certificados sanitários
sem qualquer fiscalização efetiva.

Dentre as ilegalidades praticadas no âmbito do setor público, denota-se a
remoção de agentes públicos com desvio de finalidade para atender interesses
dos grupos empresariais. Tal conduta permitia a continuidade delitiva de
frigoríficos e empresas do ramo alimentício que operavam em total desrespeito
à legislação vigente. A PF realizará uma coletiva de imprensa às 10h para
detalhar a operação.

As ordens judiciais foram expedidas pela 14a Vara da Justiça Federal de
Curitiba (PR) e estão sendo cumpridas em sete Estados do país: São Paulo,
Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e
Goiás.

Segundo a assessoria da Polícia Federal, o nome da operação faz alusão
à conhecida expressão popular em sintonia com a própria qualidade dos
alimentos fornecidos ao consumidor por grandes grupos corporativos do ramo
alimentício.

As informações são da agência CMA.

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