Porto Alegre, 5 de maio de 2020 – As variações dos preços das
commodities e do dólar, a instabilidade econômica, a restrição de crédito
das instituições financeiras e a falta de previsibilidade do que pode
acontecer na próxima safra podem gerar insegurança nos produtores rurais no
momento de planejar e prospectar os custos da produção. Para driblar as
incertezas geradas pelo cenário político e econômico, as operações de
barter podem ser uma opção para que se possa comprar insumos para a safra
2020/21. Afinal, a permuta permite ao agricultor fixar os custos com insumos
utilizando-se das perspectivas do mercado para o preço das sacas colhidas.
Esse tipo de operação surgiu nos anos 90, com o interesse das empresas
especializadas na comercialização de commodities em expandir os seus negócios
em soja na região centro-oeste, mas na época ainda era uma prática pouco
conhecida e de alcance regional. No entanto, por ser uma opção segura para
agricultores adquirirem insumos em períodos de juros altos e crédito difícil,
essa ferramenta de nome diferente logo se popularizou e hoje é bem conhecida
por produtores em todo o Brasil. Barter, que significa escambo ou permuta em
inglês, é uma modalidade de pagamento que responde por cerca de 20% ou mais do
faturamento das grandes empresas do agronegócio. É um modelo tão bem
sucedido que já foi exportado para a Argentina e leste europeu.
Nas últimas duas décadas, a modalidade de negócios por meio de barter
foi além do cultivo da soja e hoje inclui os principais cultivos do
agronegócio nacional, como algodão, café, cana-de-açúcar e milho. Também
se tornou atraente para fornecedores de maquinário. De 2015 para cá, os
principais fabricantes de máquinas agrícolas também passaram a oferecer a
operação como forma de pagamento. Por isso, nas grandes feiras agro, não é
difícil encontrar produtores interessados em saber como trocar suas sacas por
implementos, tratores, colheitadeiras e até veículos de uso diário, como
caminhonetes.
Com uma perspectiva de custo pré-fixada, o agricultor tem uma
tranquilidade para se preocupar apenas com a produção. O propósito da Bayer
em oferecer esse tipo de negociação é para que o agricultor se dedique cada
vez mais à condução da lavoura, que é onde o seu conhecimento é mais
valioso.
“A busca por oportunidades de ampliação dos ganhos é inerente à
atividade do produtor, uma vez que ele vive da receita da venda de sua
produção. O custo com a safra pode ser “travado” em -2/2-qualquer momento,
mas o quanto antes o produtor souber os seus gastos, melhor ele gerenciará a
sua rentabilidade. Ao fazer o barter, ele trava apenas parte da produção,
correspondente aos seus custos, e a variação da receita do produtor estará
restrita ao resto da produção”, afirma o gerente de nacional de operações
de barter da divisão agrícola da Bayer no Brasil, Carlos Eduardo Branduliz.
A Bayer oferece a opção de compra por operações de barter desde 2002,
para negociações em soja, milho, café, algodão, cana-de-açúcar e seus
derivados (etanol, açúcar, energia, entre outros). No momento de transação
com a companhia, o produtor pode escolher entre duas modalidades de barter, a
física e a financeira. Na primeira, a Bayer precifica a commodity e, ao final
da safra, o produtor faz a entrega do volume acordado em uma empresa indicada
pela companhia. Já no contrato feito no modo financeiro, o produtor rural pode
vincular o pagamento da sua compra com a Bayer ao preço futuro da commodity
escolhida, ou seja, sem a necessidade da entrega física da sua produção.
Segundo Branduliz, além de controlar melhor os custos e manter o dinheiro
do agricultor em caixa, o barter também ajuda o produtor a gerenciar melhor
armazenagem da sua produção, uma vez que parte da colheita já foi vendida e
tem local de entrega pré-estabelecido.Outro aspecto importante é proporcionar
ao produtor opções diferentes de comercialização, pois muitas vezes levamos
opções de Barter em contrapartes que o produtor não tinha acessado ainda. As
informações partem da assessoria de imprensa da Bayer.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 05/08/2025 09:30