Porto Alegre, 24 de junho de 2015 – O Plano Nacional de Exportações
divulgado pelo governo nesta quarta-feira prevê aumento de recursos para
equalização de juros, garantias e pós-embarques nas operações de vendas de
produtos brasileiros no exterior e redução do acúmulo de crédito tributário
nessas operações.
Durante apresentação do programa, o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, chamou a atenção para
o lançamento do plano em um contexto de valorização do dólar ante o real,
mas disse que esse fator não basta para conferir competitividade aos produtos
brasileiros no mercado internacional.
“Há um claro movimento de desvalorização cambial”, disse o
ministro. “Essa desvalorização cambial representa uma oportunidade, mas não
é suficiente”, acrescentou.
Os dados da balança comercial deste ano corroboram a afirmação do
ministro, uma vez que as exportações caíram 16 por cento de janeiro a maio em
relação a igual período de 2014 mesmo com o dólar em alta de quase 20 por
cento nos cinco primeiro meses do ano.
O Plano Nacional de Exportações possui cinco diretrizes: acesso a
mercados, promoção comercial, facilitação de comércio, financiamento e
garantias e aperfeiçoamento de instrumentos e regimes tributários.
Entre as principais medidas, eleva em cerca de 30 por cento os recursos
do Programa de Financiamento à Exportação, na modalidade equalização
(Proex Equalização) em relação a 2014. Também amplia para 2,9 bilhões de
dólares ante 2 bilhões de dólares os recursos do BNDES Exim para
pós-embarque.
Em outra medida, amplia em 15 bilhões de dólares o limite para
aprovação de novas operações do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).
Para dar suporte ao avanço das exportações, o Plano estabelece um
mapa com 32 mercados prioritários para as exportações brasileiras.
Mesmo com as exportações ainda fracas, o Ministério do
Desenvolvimento estima para este ano superávit comercial entre 5 bilhões e 8
bilhões de dólares. Se confirmado, será um desempenho melhor que o registrado
no ano passado, quando o país registrou déficit comercial de 3,9 bilhões de
dólares, o primeiro saldo negativo desde o ano 2000.
O saldo negativo do ano passado veio mesmo com a valorização de quase
13 por cento do dólar ante o real no período. As informações partem do site
da Reuters.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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