Porto Alegre, 5 de janeiro de 2022 – A falta de chuvas volta a causar
estragos nas lavouras catarinenses, com perdas de até 50% na colheita de milho
do Extremo Oeste. Por determinação do governador Carlos Moisés um grupo de
monitoramento – com órgãos do Governo do Estado – foi convocado para monitorar
a situação em tempo real com ações imediatas para mitigar os impactos da
estiagem que atinge Santa Catarina.
Nesta terça-feira, 4, o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e
do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, visitou alguns municípios atingidos e
apresentou as medidas de apoio do Governo do Estado para minimizar os prejuízos
no meio rural. O roteiro incluiu reuniões com prefeitos e lideranças de
Itapiranga, Mondaí, Riqueza, Caibi e Planalto Alegre.
“Nós estamos percorrendo os municípios do Oeste e Extremo Oeste focados
no atendimento aos agricultores prejudicados pela estiagem. Em dezembro nós
tivemos um déficit hídrico de até 80% o que afetou diretamente a
agropecuária catarinense. Em 2021, nós investimos R$ 100 milhões para apoiar
a construção de sistemas de captação, armazenagem e uso de água, o que se
mostrou uma ação certeira e diminuiu a demanda nos municípios. Vamos
continuar investindo, serão mais R$ 100 milhões em 2022 para que o Programa SC
Mais Solo e Água não pare e que mais produtores sejam beneficiados”,
destaca o secretário Altair Silva.
A estiagem é causada pelo baixo volume de chuvas nas regiões Extremo
Oeste, Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina. A média atual de precipitações
nesses locais é de, respectivamente, 20, 31 e 46 milímetros – sendo que o
esperado seria uma média em torno de 150 mm. Ou seja, há um déficit de água
de 130 milímetros no Extremo Oeste.
A principal preocupação do setor produtivo é a quebra na safra de milho
– tanto milho grão quanto silagem – que deve impactar diretamente as cadeias
produtivas de carne e leite. Só no município de Itapiranga, as estimativas
são de uma quebra de 35% na produção esperada de milho grão e de 20% na
colheita de soja.
O prefeito de Itapiranga, Alexandre Ribas, explica que mesmo com um sistema
robusto de tratamento e distribuição de água potável, o município vem
enfrentando dificuldades para abastecer o meio rural. Devido à falta de chuvas,
os agricultores estão utilizando essa água tratada para alimentar os animais
e para minimizar as perdas nas plantações, causando uma sobrecarga no sistema.
Os encontros nos municípios contam ainda com a presença da equipe local
da Defesa Civil e da Epagri, que reforçam a importância dos decretos de
emergência, além do apoio dado aos produtores rurais na elaboração de laudos
para liberação do Proagro.
Ações para minimizar os impactos da estiagem
A Secretaria de Estado da Agricultura mantém programas especiais para
aumentar a resiliência hídrica em Santa Catarina e minimizar os impactos das
estiagens recorrentes.
Em 2021, por meio do Programa SC Mais Solo e Água, o Governo do Estado
investiu R$ 100 milhões em financiamentos sem juros ou subvenção aos juros de
financiamentos para apoiar a construção de sistemas de captação,
armazenagem e distribuição de água no meio rural. Além da transferência de
recursos para os municípios adquirirem equipamentos.
Foram 2,4 mil produtores beneficiados e serão 100 prefeituras atendidas. O
Programa contará com mais R$ 200 milhões em investimentos nos próximos 2
anos.
Além disso, a Secretaria da Agricultura destinou R$ 4,5 milhões para
aquisição de 126 distribuidores de água que foram cedidos para os municípios
de Santa Catarina ao longo do último ano. As informações partem da
assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do
Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 19/12/2025
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R$ 1.930,00Casquinha de soja à vista tonelada
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R$ 68,50Preço base - Integração
Atualizado em: 19/12/2025 08:45