Porto Alegre, 24 de junho de 2015 – A ministra da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Kátia Abreu, reuniu-se com representantes do setor exportador do
agronegócio brasileiro para discutir um plano de trabalho a ser desenvolvido
pelas diferentes cadeias produtivas. O objetivo é que as metas projetadas para
as exportações de produtos agropecuários do país sejam alcançadas nos
próximos quatro anos.
Entre os setores representados na reunião, realizada nessa terça-feira
(23), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em
Brasília, estavam os de café, frutas, carnes, açúcar, etanol, lácteos e
suco de laranja.
Aproveitando o lançamento do Plano Nacional de Exportação, a ministra
decidiu ouvir o setor exportador, mais uma vez, para discutir ações voltadas a
impulsionar o aumento das vendas externas. “Quero saber a opinião sobre os
principais mercados de cada setor, quais as perspectivas, onde estamos perdendo,
o que podemos ganhar e onde somos mais competitivos. Quero que me ajudem a
montar isso”, disse Kátia Abreu.
Os representantes dos setores sugeriram medidas para melhorar o fluxo das
vendas externas. Entre elas, estão a simplificação dos termos de
certificação para exportação de carnes aos Estados Unidos; a ampliação de
mercado para o Canadá e México, como consequência da abertura da venda de
carne bovina para os EUA; e o fortalecimento do acordo sobre furtas com o
México. Também defenderam a abertura do mercado de frutas para o Oriente
Médio, a habilitação de mais plantas exportadoras de lácteos e a busca da
redução tarifária para exportação de suco de laranja, entre outros.
A ministra solicitou ainda que as entidades enviem os documentos com os
pedidos para que o Ministério da Agricultura possa ajudar a solucionar os
gargalos na agropecuária brasileira. Nas próximas viagens ao exterior, ela
deve apresentar às autoridades competentes os temas abordados na reunião que
dizem respeito ao país a ser visitado.
Mercados
Kátia Abreu e a secretária de Relações Internacionais do Mapa, Tatiana
Palermo, também apresentaram às entidades um estudo feito pelo ministério
sobre os principais mercados potenciais para as exportações brasileiras e as
negociações que estão sendo realizadas.
De acordo com o estudo, os 10 principais mercados são responsáveis por
78% das exportações agropecuárias brasileiras. “É importante falar que
cinco desses mercados – Estados Unidos, China, Rússia, União Europeia e Japão
– respondem por US$ 500 bilhões nas importações agropecuárias globais. Isso
representa metade das importações mundiais”, destacou Tatiana Palermo.
O estudo também faz uma projeção sobre os 22 mercados prioritários
(incluídos os 10 principais). A meta é que 19,5% dos mercados não acessados
gerem cerca de US$ 16 bilhões nas exportações brasileiras, quando forem
estabelecidos acordos sanitários e fitossanitários ou comerciais.
Entre as principais negociações, está a habilitação de novos
estabelecimentos de carne bovina, suína e de aves para a China e de um acordo
de prelisting com a Rússia. Por meio do prelisting, o Brasil apresentará uma
lista de estabelecimentos que atendem as exigências do mercado russo.
Além disso, há expectativa de que os EUA e o Japão abram o mercado para
carne bovina brasileira. O Brasil também está concluindo as negociações para
que a Arábia Saudita suspenda o embargo à carne bovina. Paralelamente, o
governo federal trabalha para que o Mercosul faça acordo comercial com a União
Europeia. Com informações da assessoria de comunicação social do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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