Agronegócio

Agro gaúcho cresce 6,2% em 2019 e puxa PIB do Rio Grande do Sul

11 de março de 2020
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O setor agropecuário gaúcho teve alta de 6,2% em 2019, puxando a economia do Rio Grande do Sul, que cresceu 2% no mesmo ano. O resultado do quarto trimestre de 2019 e o acumulado do ano foram divulgados na manhã desta quarta-feira (11) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

“Os dados só comprovam como o agro é o pilar de sustentação da economia do Estado”, avalia o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.

Ao considerar os quatro trimestres de 2019, a alta de 2% no PIB foi alavancada pela agropecuária (+6,2%), com destaque para os aumentos das produções de trigo (+30,6%), milho (25,9%) e soja (5,5%). A lavoura de arroz (-14,6%) e a produção de uva (-19,1%) estão entre os destaques negativos.

De acordo com os pesquisadores do DEE, o resultado do último trimestre abaixo do restante de 2019 já era esperado. A indústria enfrentou forte desaceleração no período, especialmente o segmento de veículos automotores e o de máquinas e equipamentos, que tinham uma alta base de comparação em relação a 2018. A queda geral só não foi mais significativa por conta dos números da agropecuária no trimestre, tradicionalmente um período de pouco destaque para o setor.

“A desaceleração em segmentos da indústria com forte representatividade na economia do Rio Grande do Sul já vinha sendo sinalizada pelos indicadores mensais e acabou confirmada. A alta na produção de trigo permitiu minimizar o impacto nos números finais”, destaca o analista pesquisador do DEE Martinho Lazzari.

Perspectivas para 2020

Em valores nominais, o PIB do RS em 2019 foi de R$ 480,577 bilhões, enquanto o PIB per capita foi de R$ 42.246,52, uma alta de 1,5% em relação a 2018. Para 2020, de acordo com a chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach, os primeiros acontecimentos do ano podem influenciar o desempenho da economia do Estado.

“Em função da desaceleração da economia mundial, decorrente dos efeitos do coronavírus e dos prejuízos que o produtor gaúcho terá que enfrentar devido à estiagem dos primeiros meses do ano, o prognóstico para este ano é ainda mais desafiador”, comenta.

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