Kátia Abreu e ministro da Alemanha alinham posição sobre acordo de livre
comércio
Ministra destaca importância do governo alemão para o êxito da negociação
entre Mercosul e UE
Porto Alegre, 20 de agosto de 2015 – A ministra Kátia Abreu e o
ministro federal de Alimentação e Agricultura da Alemanha, Christian Schmidt,
alinharam nesta quinta-feira (20) suas posições em relação ao acordo de
livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que está em fase de
negociação entre os blocos. A reunião dos dois ministros, que ocorreu na sede
do Mapa, está no contexto da visita da chanceler alemã, Angela Merkel, ao
Brasil.
Durante a reunião, a ministra afirmou que a Alemanha é um país
“fundamental” na tomada de decisão sobre o acordo de livre comércio.
Destacou que o governo brasileiro é “unânime” sobre a “importância e a
força” que o país germânico dará à proposta. Schmidt, por sua vez,
demonstrou ampla receptividade em estreitar as relações comerciais dos dois
blocos.
Kátia Abreu prevê que, com a efetivação do tratado, as exportações
do agronegócio brasileiro cresçam cerca de 20%. “Mas ainda se
mantivéssemos apenas o que exportamos hoje, o que não vai ocorrer, teríamos o
enorme benefício de acabar com os impostos. Hoje, temos tarifas muito altas
nas exportações”, assinalou a ministra.
Schmidt disse que Mercosul e União Europeia devem estreitar suas
relações comerciais e que a Alemanha pretende ser um parceiro “de igual para
igual”. Ponderou que a competitividade entre determinados produtos é
“natural”, mas destacou a importância de reduzir tarifas de exportações.
“Sabemos que comércio aberto significa competitividade. Concorrência
é uma coisa que sempre vai existir, temos que achar uma maneira”, disse.
“Queremos ser parceiros de igual importância, de igual para igual, e o
segredo é a desoneração de taxas aduaneiras e outras taxações”,
acrescentou o ministro alemão.
Acordo sanitário
A ministra pediu apoio do governo alemão ao acordo sanitário e
fitossanitário apresentado pelo Mapa durante visita à sede da União Europeia,
em maio. Pela proposta, Brasil e países membros do bloco europeu vão
harmonizar normas de defesa agropecuária, conferindo maior agilidade aos
trâmites comerciais.
Em setembro, os comissários europeus para Saúde e para Comércio
virão ao Brasil para desenhar o acordo. “Isso não vai influir em taxas.
Continuaremos com as mesmas, mas significa que harmonizaremos procedimentos
documentais para exportação e importações”, explicou Kátia Abreu.
Schmidt apoiou o pleito brasileiro e disse que levará o assunto ao
Ministério da Alimentação e Agricultura da Alemanha e a autoridades da União
Europeia. “É importante buscarmos a simplificação nas regras e na
legislação para que todos saibam do que se trata”, observou.
Ao reduzir a burocracia e harmonizar regras, o acordo sanitário poderá
contribuir com o amplo tratado de livre comércio, disse Kátia Abreu.
“Podemos quem sabe partir para um prelisting”, acrescentou a ministra,
apontando que carne, frutas, suco de laranja e café poderiam entrar em um
eventual prelisting.
Kátia Abreu disse ainda ao ministro alemão que espera que a União
Europeia reconheça os estados de Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal como
zonas livres de febre aftosa – reconhecimento obtido da Organização Mundial
de Saúde Animal (OIE) há 12 anos. “Esses estados fizeram um esforço imenso
para erradicar a doença anos atrás e até hoje não foram reconhecidos,
estando impedidos de exportar carne para o bloco.”
Kátia Abreu e Christian Schmidt demonstraram empenho recíproco em dar
prosseguimos a outras questões, como cooperação em pesquisa por meio da
Embrapa, parcerias em laboratórios de saúde animal e rotulagem. As
informações partem da Assessoria de Comunicação Social do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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