‘-AGRONEGÓCIO: ATIVIDADE LEITEIRA SOFRE COM ALTA UMIDADE NO SOLO DO RS

SAFRAS (26) – Nas diversas regiões produtoras de leite do Rio Grande do
Sul, a situação da cadeia produtiva de leite não se alterou
significativamente em relação às duas primeiras semanas do mês de
junho. Existe boa disponibilidade de pastagens para os rebanhos, pois as
forrageiras anuais de inverno, especialmente a aveia e o azevém, em
muitas propriedades, estão na fase de pleno desenvolvimento vegetativo,
permitindo o pastoreio direto dos animais.
A sanidade do rebanho leiteiro também é razoável, com baixa
incidência de ecto e endoparasitas. O excesso de umidade no solo segue
limitando a utilização das pastagens anuais de inverno e provocando a
formação de muito barro, o que prejudica o deslocamento e o descanso dos
animais e dificulta a higienização do processo de ordenha.
O preço de comercialização do leite segue entre R$ 1,03 e R$
1,07/litro na região de Caxias do Sul, dependendo da empresa processadora,
valor que já inclui as bonificações por quantidade e qualidade.
A atividade leiteira na região de Ijuí também está sofrendo com a alta
umidade do solo. As áreas em que pastagens anuais de inverno apresentam bom
desenvolvimento estão sendo utilizadas intensamente para pastoreio direto dos
animais, mas o excesso de umidade no solo, aliado ao pisoteio do gado, está
provocando fortes impactos, ampliando o tempo de recomposição das pastagens
cultivadas de inverno.
Há um expressivo aumento de doenças infecciosas de úberes, ampliando a
utilização de produtos para controlar essas enfermidades.
As áreas que não estão sendo pastoreadas apresentam bom desenvolvimento.
Continua a grande oferta de silagem e concentrados ao rebanho, elevando
os custos de produção. Os preços estão estáveis, com preço bruto máximo
de R$ 1,12/litro e mínimo de R$ 0,55/litro na semana que passou. O preço é
determinado em maior parte pelo volume produzido e não pela qualidade. Com
informações do boletim semanal divulgado pela Emater (RS).

(CBL)