Porto Alegre, 27 de agosto de 2015 – A participação do agronegócio na
balança comercial do Brasil está crescendo. “De janeiro a julho deste ano, o
setor representou 46,4% do total das exportações brasileiras. No ano passado,
esse percentual foi de 44%”, disse nesta quinta-feira (27) a secretária de
Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, durante audiência pública
da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior da
Câmara dos Deputados.
Ela também comparou o agronegócio com outras atividades da economia
brasileira. Nos últimos 17 anos, acrescentou, o setor foi superavitário. “De
2011 a 2014, o agronegócio teve saldos positivos, na ordem de US$ 80 bilhões,
enquanto que, com poucas exceções, os outros setores tiveram saldos
negativos”, assinalou. “No ano passado, ajudamos a amenizar o saldo negativo
da balança comercial do país.”
Segundo a secretária, o Brasil participa com 1,2% do comércio global.
Na área do agronegócio, esse percentual foi de quase 8% em 2013 e 7% em 2014.
“Temos grande potencial”.
Abertura de mercados
Durante a audiência, realizada para debater aspectos do Plano Nacional
de Exportações, a secretária destacou ainda a abertura de mercados no
primeiro semestre deste ano. O acesso a novos destinos para os produtos do
agronegócio brasileiro é resultado das negociações sanitárias e
fitossanitárias feitas pelo Ministério da Agricultura com apoio do Itamaraty.
“No primeiro semestre, conseguimos abrir vários mercados importantes.
Entre eles, os Estados Unidos, para o qual já podemos negociar carne bovina in
natura. A China, por sua vez, suspendeu o embargo à carne bovina”, ressaltou
Tatiana. “Só nos primeiros 45 dias após a reabertura do mercado chinês,
exportamos 15 mil toneladas de carne bovina. É uma verdadeira batalha que teve
resultado positivo.”
Entre os principais destinos das exportações do agronegócio
brasileiro, estão a China, União Europeia, Rússia, Estados Unidos e Japão,
enfatizou a secretária do Mapa. “Esses mercados compram a metade do que o
mundo compra em produtos agropecuários, mais de US$ 500 bilhões anuais.”
A perspectiva para o segundo semestre, antecipou Tatiana, é a abertura
dos mercados do Canadá, para carne bovina in natura, e da Coreia do Sul, para
carne suína, além da reabertura da Arábia Saudita para carne de gado. As
informações partem da Assessoria de Comunicação Social do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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