Porto Alegre, 17 de janeiro de 2022 – A balança comercial do
agronegócio brasileiro fechou o ano de 2021 com saldo positivo de US
bilhões, 19,8% acima do verificado em 2020, impulsionada pela alta dos preços
internacionais das commodities. Os dados sobre o comércio exterior do
agronegócio brasileiro foram apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira (17/1). O documento contempla um ranking
dos principais produtores, consumidores, exportadores e importadores mundiais,
destacando a relevância do Brasil no fornecimento de várias commodities, como
açúcar, soja, carnes e café. Enquanto a balança comercial total (com
produtos de todos os setores), apresentou superávit de US
balança comercial dos demais setores registrou déficit de US
O resultado do setor foi consequência do recorde histórico nas
exportações, que atingiram US
alta de 19,7% na comparação com 2020. Dos quinze principais produtos da pauta
de exportação (que representaram 89,5% em 2021), todos tiveram alta nos
preços médios, alguns acima de 20%. Em termos de quantidade, seis produtos
apresentaram queda, com destaque para: carne bovina (-8,3%), decorrente das
sansões aplicadas pela China às vendas brasileiras, café (-3,6%), desempenho
esperado devido à bienalidade negativa, e milho (-40,7%), em razão da queda de
safra brasileira.
Mesmo o período de sanções impostas pela China à carne bovina
brasileira — que durou quase três meses — deteve a tendência de crescimento
das exportações a partir de setembro de 2021. Produtos como soja, carnes
suína e de frango compensaram essa queda até novembro. No entanto, a retomada
dos embarques de carne bovina para a China, em dezembro, contribuiu
positivamente para o resultado anual das exportações.
As importações brasileiras do agronegócio apresentaram alta de 18,9%
frente a 2020, encerrando 2021 com US
regularmente importados, como trigo, azeite de oliva e pescados, o Brasil
também aumentou as importações de soja em grão (5,0%) e milho (133,7%).
A China segue como o principal destino comercial do agronegócio brasileiro
e os embarques somaram US
relação a 2020. Entre os principais produtos importados do Brasil, houve
destaque para soja em grãos (70,2%), carne bovina (39,2%), celulose (43,4%),
açúcar (15,6%), carne suína (47,7%), carne de frango (14,3%) e algodão
(28,9%).
Para a pesquisadora associada do Ipea, Ana Cecília Kreter, coautora da
nota com Rafael Pastre, apesar da quantidade de carne bovina exportada para a
China estar aumentando a cada ano, na comparação do consumo per capita da
proteína por país, a China (6,6 g/dia) permanece distante dos Estados Unidos
(38,6g/dia), do Brasil (36,3 g/dia) e da União Europeia (14,7g/dia). “Isso
sinaliza que a demanda para 2022 pode permanecer aquecida pelo país asiático.
Na medida que a renda média do país avança e mais pessoas são incluídas na
economia de mercado na China, vem crescendo o consumo de produtos de maior valor
agregado, como as proteínas animais”, avaliou a pesquisadora.
A questão sanitária e eficiência logística deverão ser determinantes
para a continuidade do bom desempenho das exportações do agronegócio
brasileiro em 2022.O diretor da Dimac, José Ronaldo Castro de Souza Júnior,
ressalta ainda que “as estimativas da produção para este ano são positivas,
mas o resultado irá depender das condições climáticas”. Em 2022, além
das boas estimativas para a produção, a agregação de valor aos produtos
brasileiros pode ampliar ainda mais as contribuições do agronegócio para a
economia brasileira. As informações são do Ipea.
Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 19/12/2025
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R$ 1.930,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.000,00Milho Saca
R$ 68,50Preço base - Integração
Atualizado em: 19/12/2025 08:45