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AGRONEGÓCIO: Certificações pela Cdial Halal no Brasil crescem 53% em 2021

3 de fevereiro de 2022
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Porto Alegre, 3 de fevereiro de 2022 – Não é de hoje que os países do
eixo árabe-muçulmano têm se mostrado um mercado promissor às empresas
brasileiras, o que tem fortalecido e ampliado a relação comercial entre o
Brasil e esses países. Porém, para que esses negócios possam se concretizar,
empresas de qualquer setor precisam obter o selo halal, que comprova a
qualidade, procedência e que seus produtos atendem a todos os quesitos exigidos
pela religião islâmica.

O potencial desse mercado é indiscutível – representa quase 1/3 da
população mundial e, o halal, deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões
até 2024, de acordo com dados do State of the Global Islamic Economy. Mesmo
sendo um dos principais exportadores de produtos halal do mundo, cada vez mais
empresas brasileiras buscam se adequar para comercializar com esses países.
Prova disso, foi o crescimento expressivo das empresas certificadas pela Cdial
Halal no último ano: um aumento de 53% entre 2020 e 2021.

Além do quantitativo, diferentes setores da indústria brasileiras
começaram a enxergar o potencial do mercado halal nos últimos anos. Em 2017,
as empresas do setor de proteína animal dominavam as certificações, o que
começou a se diversificar e, em 2019, as certificações da Cdial Halal eram
dominadas pelas empresas dos segmentos de produtos químicos e alimentos
industrializados.

Em 2020, as empresas no setor de proteína animal voltaram a liderar, com
crescimento de 75% na quantidade de empresas certificadas. Este setor inclui
todas as atividades após a criação de animais de abate, aves domésticas,
ovos, laticínios e peixes.

Os demais segmentos que lideram as certificações são as empresas de
processamento, alimentos industrializados, açúcar e outros, que tiveram 80% de
crescimento entre as certificações entre 2020 e 2021.

Outro segmento de destaque foi de fabricação de químico e bioquímico,
como aditivos alimentares, agentes de limpeza, dentre outros, os quais, no mesmo
período, tiveram crescimento de 61% na Cdial Halal.
Mas é importante ressaltar setores que mais recentemente começaram a
certificação para exportar produtos halal, como alimentos para animais e
fabricação de outros materiais, como cosméticos, têxteis, produtos de couro,
dentre outros.

Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira apontam que as
exportações brasileiras para os países árabes somaram em 2021 US$ 14,42
bilhões, alta de 26,15% em relação a 2020, o que representa o melhor
resultado dos últimos oito anos.

Entre os principais produtos brasileiros exportados para os países árabes
em 2021, destaque para minério de ferro, com vendas de US$ 3,83 bilhões, um
acréscimo de 172% em relação a 2020. Já o frango e sua miudezas as vendas
somaram US$ 2,42 bilhões, com aumento de 21,59% em relação ao ano anterior. E
a soja, cujas exportações somaram US$ 638,13 milhões, uma alta de 97,49%.

O diretor de operações da Cdial Halal, Ahmad Mohamad Saifi, explica que o
Brasil conquistou a confiança desse mercado, tendo em vista a qualidade e o
rigor na legislação e produção brasileiras, o que tem fortalecido a
relação do Brasil com esses países, além de abrir oportunidades. “Temos
destaque na exportação de proteína animal, por exemplo, a liderança na
exportação de carne de frango halal. Porém, as indústrias brasileiras de
diversos setores têm enorme potencial para explorar esse mercado em ascensão,
como fármacos, cosméticos, dentre outras”, explica.

E completa: “Importante ressaltar que o processo de certificação analisa
toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para
garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com
produtos ilícitos, como a carne suína”. As informações partem da assessoria
de imprensa da Cdial Halal.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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