Porto Alegre, 7 de novembro de 2016 – Nos dez primeiros meses de 2016 a
balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 38 bilhões com
participação decisiva dos 15 principais produtos do agronegócio que
representaram 39% das vendas totais do país no período.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que a
soja foi o produto do agronegócio com maior participação nas exportações
entre janeiro e outubro deste ano, 12% do valor total (US$ 18 bilhões).
Outra participação relevante foi do açúcar em bruto, em segundo lugar
no ranking: vendas externas de US$ 6,58 bilhões, 4% do total vendido ao
exterior pelo país em 2016.
Os números consolidados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços (MDIC), divulgados nesta semana, mostram que as exportações totais
do país foram de US$ 153 bilhões, com importações de US$ 114 bilhões.
Dos produtos do agronegócio, a maior variação nas vendas externas em
2016 foi do açúcar em bruto. Entre janeiro e outubro, as vendas desse segmento
tiveram crescimento de 40%, comparadas com igual período do ano passado, um
incremento de US$ 1,89 bilhão. A receita total foi US$ 6,58 bilhões.
Já as vendas externas de etanol tiveram aumento de 23% em 2016, em
relação a igual período de 2015, somando receita de US$ 827 milhões. A
principal razão desse bom desempenho deveu-se à elevação dos preços do
etanol no mercado internacional nos últimos meses.
O setor sucroalcooleiro passa por um período de reestruturação após uma
das piores crises da história, causada pela queda dos preços internacionais
do açúcar e a política de precificação dos combustíveis, que privilegiou a
gasolina em detrimento do etanol. Isso gerou aumento dos custos de produção,
endividamento das usinas e falta de renovação dos canaviais.
Queda
A CNA observa que, apesar do bom desempenho de algumas cadeias do
agronegócio, até outubro deste ano, as exportações brasileiras apresentaram
queda para todas as regiões, com exceção do Oriente Médio, onde houve
variação positiva de 1%, e da Oceania, que apresentou crescimento de 15%.
China e os Estados Unidos foram os dois países que mais importaram do
Brasil. Os chineses compraram US$ 32 bilhões, enquanto os Estados Unidos US$
18,8 bilhões. Ainda assim, esses valores representam uma redução de 4% e 5%
nas compras, respectivamente.
Apesar do saldo positivo da balança comercial em 2016, entre janeiro e
outubro, o valor das exportações foi 5% inferior ao obtido no mesmo período
de 2015 (US$ 160 bilhões). As importações totais também caíram: 23% em
relação ao mesmo período do ano passado (US$ 148 bilhões). Com informações
da assessoria de comunicação da CNA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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