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‘-AGRONEGÓCIO: CONFIANÇA DO SETOR CAI NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO – FIESP

27 de maio de 2014
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SAFRAS (27) – O Indice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) apresentou
queda de dois pontos no primeiro trimestre de 2014, em comparação ao último
trimestre de 2013. Na escala de 0 a 200, o IC Agro geral (que abrange os
segmentos “antes” e “depois da porteira” mais o “produtor agropecuário”)
variou de 104,5 para 102,7 pontos, demonstrando uma percepção ainda mais
cautelosa em todos os elos da cadeia.
Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (27/05) pela Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB), idealizadoras do índice.
Na análise por elo da cadeia, todos apresentaram variações negativas:
“Indústria Antes da Porteira” (- 8 pontos), “Produtores Agropecuários” (-
0,4 ponto) e “Indústria Pós Porteira” (- 0,6 ponto).
Para o diretor do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Benedito da Silva
Ferreira, a queda significativa na confiança do primeiro elo foi provocada,
especialmente, pelo setor de máquinas agrícolas, que registrou queda de 21,3%
nas vendas entre Janeiro e Março, se comparados com o mesmo período do ano
anterior.
“Embora pessimista em relação à situação atual, a indústria ‘antes
da porteira’ mostra-se otimista em relação às expectativas futuras. Seja em
relação ao setor em que atuam, ou à economia brasileira, eles acreditam que o
cenário mudará para melhor”, explica Ferreira. “Esse otimismo foi
influenciado, especialmente, pelas revendas, indústrias de defensivos
agrícolas e os bancos que financiam o setor.”
Já os produtores agropecuários se mostraram satisfeitos em relação aos
preços e à confiança no setor. Porém, isso não foi suficiente para manter o
Indice de Confiança deste elo em alta. A desesperança com a economia
brasileira e os custos de produção puxaram os resultados de 97,5 para 97,1.
“Apesar da evolução de preços de alguns produtos agropecuários e da
confiança no próprio setor, é importante lembrar que o primeiro trimestre
deste ano foi marcado como um período de falta de chuvas em diversas
regiões”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
“Consequência do clima, a redução da produtividade média e elevação de
custos, somados ao pessimismo em relação aos indicadores macroeconômicos,
fizeram com que a confiança caísse.”

Preocupações x Investimentos

A questão climática continua sendo o principal problema para o setor
agropecuário. Em um questionário onde puderam escolher mais de uma
alternativa, 82,2% dos produtores agropecuários elegeram “clima” como sua
maior preocupação.
“A porcentagem dos entrevistados que escolheram esse item quase que dobrou
entre as duas aferições”, observa Ferreira, ao lembrar que no último
resultado apresentado, a opção “clima” possuía 46,8% de escolha. “Isto
ocorre por uma questão sazonal, seja por influência do excesso de chuvas que
ocorreram na região Centro-Oeste ou pela seca observada nas regiões
Sul/Sudeste”, explica.
As alternativas “alta incidência de pragas e doenças” e “falta de
trabalhador qualificado” aparecerem como a segunda e terceira maior
preocupação para 30,4% e 22,5%, respectivamente. Também são elas que
impulsionaram o aumento de 10,3 pontos percentuais na expectativa de
investimentos em tecnologia ligada ao custeio. Os agricultores que responderam
que farão investimentos adicionais nesta área representam 63% na sondagem
atual, contra 52,7% na anterior.
Em relação aos demais itens, 27% dos agricultores entrevistados disseram que
farão investimentos adicionais em “máquinas e equipamentos” agrícolas, com
destaque para a aquisição de tratores, seguidos pela intenção de compra em
colheitadeiras e plantadeiras.
Embora o resultado seja significativo, a variação foi negativa em
relação ao último trimestre de 2013. A queda pode ser explicada pelo fator
sazonal, uma vez que o levantamento para os resultados deste trimestre foi
realizado na época de plantio, quando o produtor já havia feito as compras
necessárias.

Metodologia

Para melhor captar as percepções de todos os elos que envolvem o
Agronegócio, a pesquisa de campo consultou agentes que atuam antes, dentro e
depois da porteira da fazenda.
No primeiro e no último grupo foram realizadas cerca de 50 entrevistas com
indústrias fornecedoras de insumos e serviços aos agricultores, além de
cooperativas e indústrias compradoras de commodities agrícolas e produtoras de
alimentos.
Já no quadro “dentro da porteira” foram realizadas 1500 entrevistas,
sendo 645 válidas, com produtores agrícolas e pecuários.
O ICAGRO é uma realização da Fiesp e OCB, com o apoio da Anfavea e Andef. Os
dados que compõem o índice são atualizados trimestralmente e a próxima
divulgação está prevista para o mês de Agosto.
Outros detalhes e o download do estudo completo estão disponíveis no
site: www.icagro.com.br . Com informações da assessoria de imprensa da Fiesp.
(AB)

Cotação semanal

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Farelo de soja à vista tonelada

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AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

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R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
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