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‘-AGRONEGÓCIO: DEFICIENCIA DE ARMAZENAGEM AMEAÇA SETOR DE SC

26 de maio de 2014
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SAFRAS (26) – Santa Catarina investiu, no período 2013/2014, cerca de 80
milhões de reais na construção de silos e armazéns com capacidade para 140
mil toneladas de grãos. É um investimento razoável, mas, insuficiente em
razão da elevada escassez dessas estruturas em território barriga-verde.
A atual capacidade de armazenamento de cereais é de pouco mais que 4
milhões de toneladas para uma produção estadual total de 6,5 milhões de
toneladas de grãos, gerando um déficit de 40% das necessidades. O ideal, em
qualquer país do mundo, é uma estrutura de silos e armazéns para, no mínimo,
120% da produção.
Consciente de que a deficiência da armazenagem causa grandes estragos à
economia catarinense e se agrava a cada nova safra agrícola, o presidente
Marcos Antônio Zordan da Organização das Cooperativas do Estado de Santa
Catarina (Ocesc) quer mudar essa realidade.
O problema atinge as 53 cooperativas agropecuárias filiadas e seus 63.000
produtores rurais associados. Essas cooperativas dispõem de silos e armazéns
próprios para 2,1 milhões de toneladas de grãos o que, somadas às unidades
terceirizadas (178 mil toneladas), totaliza uma capacidade total de armazenagem
do sistema cooperativista em 2,3 milhões de toneladas.
O dirigente enfatiza que as cooperativas são, praticamente, as únicas a
investir: nos últimos anos elas destinaram cerca de R$ 150 milhões de reais,
ampliando a capacidade instalada em 250.000 toneladas.
Levantamento da Ocesc concluiu que são necessários 42 novos armazéns em
41 cidades, operados por 22 cooperativas agropecuárias com capacidade total de
aproximadamente 520.000 toneladas, o que exigirá investimentos da ordem de R$
246 milhões de reais.
O Governo Federal criou no ano passado o Programa de Construção e
Ampliação de Armazéns (PCA), com recursos, via Banco do Brasil e Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para alavancar a
armazenagem brasileira nos próximos cinco anos. O prazo é de 15 anos e os
encargos de 4% ao ano. As cooperativas e os produtores tomam financiamentos
através do PCA e o Governo do Estado paga 50% dos encargos financeiros (juros).
Marcos Zordan assinala que “essa cooperação do Estado é importante porque
o investimento é elevado, o retorno é muito lento e os encargos financeiros
são altos em face da sua natureza operativa”.
O plano de armazenagem prevê 500 milhões de reais de investimentos na
esfera estadual para geração de 1 milhão de toneladas em capacidade
armazenadora. Até agora foram tomados apenas 16% do valor disponível para 14%
da capacidade estática de armazenamento.
Zordan realça que é necessário estimular concretamente a ampliação da
rede de armazéns com linhas específicas de crédito para construção, compra
de equipamentos e reforma de unidades existentes, além de incentivar a
armazenagem na propriedade porque “armazéns são empreendimentos de alto
custo e baixo retorno, as obras dependem de licenças ambientais, construtoras e
mão de obra em um período de grande escassez de recursos humanos.”

ESTRUTURAL
A falta de armazéns é um problema estrutural com profundos reflexos no
nível de renda dos produtores. Como os armazéns disponíveis são
insuficientes para receber e estocar a produção, uma das alternativas para
amenizar essa dificuldade é a exportação dos produtos para outros países,
especialmente o milho, para posterior importação de outros estados para
atender as necessidades, pois o Estado é grande consumidor de grãos. Com esta
operação Santa Catarina perde em arrecadação já que sobre o produto
exportado não incide ICMS. Na internação de produtos de outros Estados é
gerado crédito do imposto. “Se houvesse armazém, o produtor venderia a
produção no momento mais adequado”.
A Ocesc constatou que o problema atinge a todos os atores da cadeia
produtiva. Com insuficiência de armazéns, o produtor é obrigado a vender o
produto agrícola em plena safra, momento em que os preços estão naturalmente
em queda em razão da alta oferta. A indústria também sofre prejuízos porque
vê a matéria-prima ser exportada, sabendo que terá, mais tarde, que
reimportá-la para o processo industrial, pagando mais caro. Ao final, o
consumidor pagará mais pelo alimento – seja carne, leite ou cereais – e o
Estado, também, pelos créditos de ICMS. As informações partem da Assessoria
de Imprensa da Ocesc.

(CBL)

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 07/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
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