Porto Alegre, 23 de abril de 2015 – Muitos produtores das
diversas bacias leiteiras do Rio Grande do Sul continuam realizando as práticas
de manejo para implantação das pastagens anuais de inverno, principalmente
aveia e azevém; no entanto, um bom número deles já concluíram o plantio das
áreas planejadas conforme a necessidade de cada plantel.
Estas operações envolvem preparo das áreas, adubações para
corrigir a acidez e fertilidade do solo, controle de plantas espontâneas e
semeadura, entre outras. Neste período do ano, denominado “vazio forrageiro
de outono”, a oferta de pasto para os animais é pequena, pois as espécies
anuais de verão estão praticamente encerrando seu ciclo vegetativo e com baixa
capacidade nutricional.
A principal espécie forrageira que permanece sendo pastoreada
diretamente pelos animais é o tyfton, a gramínea perene mais cultivada no
Estado. Esta espécie forrageira, quando bem manejada, suporta um
bom número de animais mediante método racional de pastoreio rotativo, mantendo
sua capacidade nutricional por um longo período, mesmo sob
condições climáticas pouco adversas, características da entrada de outono no
Sul, quando as temperaturas baixam.
Para alimentar os animais, os produtores estão fornecendo, além
das pastagens, silagem, feno, grãos, farelos e ração para manter a produção
leiteira. Na região de Santa Rosa, as pastagens de verão
ainda apresentam bom desenvolvimento, embora mais lento devido às menores
temperaturas nessa entrada de outono. Os produtores continuam desestimulados com
os preços pagos pelas empresas processadoras.
A produção se mantém estável, especialmente naquelas propriedades
mais tecnificadas. A crise da atividade leiteira é grande, pois ocorre
uma seleção onde os produtores que produzem abaixo de 100 litros por dia
estão sendo excluídos do processo em toda a região. Muitos produtores
estão deixando a atividade, uns porque já são idosos e/ou aposentados e
outros por não terem condições de se adequarem às novas normas preconizadas,
que variam entre as diversas empresas.
As cooperativas estão dando mais dois meses para os produtores de leite
se adequarem a um mínimo de 100 litros por propriedade, sendo
que neste momento estão aceitando ainda 50 litros/propriedade/dia.
Os preços médios por litro de leite pago aos produtores na semana que passou
variaram entre R$ 0,60 a R$ 0,85 na região de Erechim, com tendência de
estabilidade. Com informações do boletim semanal divulgado pela Emater (RS).
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45