Agronegócio

Agronegócio do Rio Grande do Sul tem recuo de 14,5% nas exportações do terceiro semestre

12 de novembro de 2020
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O agronegócio do Rio Grande do Sul faturou 3 bilhões de dólares com exportações no terceiro trimestre deste ano. O valor representa um recuo de 14,5% (506,6 milhões de dólares a menos) em relação ao mesmo período de 2019. O número foi divulgado ontem pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) no boletim Indicadores do Agronegócio.

A queda resulta especialmente da diminuição do ritmo de vendas da soja (-17,5%), fumo (-39,5%) e produtos florestais (-22%). O economista Rodrigo Feix, do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da SPGG, que assina o boletim com o economista Sérgio Leusin Júnior, explica que o recuo das exportações de soja se justifica pelo grande volume vendido para o exterior no primeiro e segundo trimestres e a consequente escassez do grão observada a partir dos meses de agosto e setembro, quando a oferta ficou muito escassa. “O Estado, em 2020, apesar da estiagem, exportou no acumulado de janeiro a setembro 10,17 milhões de toneladas de soja, 3,8% a mais que no mesmo período de 2019, com valor de 3,5 bilhões de dólares, 2,8% mais que no ano passado”, comparou Feix.

No acumulado dos primeiros nove meses de 2020, as exportações do Estado atingiram o valor de 8 bilhões de dólares, 8,7% menor que o de igual período em 2019. De acordo com o economista, o resultado refletiu o desempenho do fumo e seus produtos, que tiveram suas cotações depreciadas em razão da qualidade da produção, prejudicada pela estiagem, e dos produtos florestais, que venderam menos. As exportações do agronegócio corresponderam a 74,4% das exportações do Estado no terceiro trimestre.

O boletim também demonstra que o Estado finalizou o terceiro trimestre do ano com 1.126 postos de trabalho a menos, resultado da diferença entre as 30.723 admissões e as 31.849 demissões do período. Com isso, o setor terminou setembro com 329.134 vínculos ativos de emprego. A diferença entre demissões e admissões, no entanto, é menor que a de 9 mil vagas do terceiro trimestre de 2019.

O economista do Departamento de Economia e Estatística (DEE), Rodrigo Feix, esclarece que é comum as vagas do setor encolherem nesse período, quando são dispensados os trabalhadores temporários contratados para a safra. Em 2020, em razão da pandemia de Covid-19, a cadeia do tabaco precisou alargar a janela de processamento de seus produtos, atrasando a dispensa de trabalhadores.

No acumulado do ano, o saldo de empregos formais no agronegócio é positivo, com acréscimo de 7.969 vagas, contra 683 vagas no mesmo período de 2019.

Fonte: Correio do Povo

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