SAFRAS (12) – As exportações de produtos do agronegócio de Minas
Gerais, nos primeiros cinco meses de 2014, atingiram US$ 3 bilhões, aumento de
0,4% em comparação ao montante de igual período de 2013, informa o
Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume
embarcado somou 2,6 milhões de toneladas, aumento de 2,9% em relação aos
embarques dos primeiros cinco meses do ano passado, conforme avaliação da
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
De acordo com Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da
Superintendência de Política e Economia Agrícola da Seapa, a variação
registrada para os primeiros cinco meses de 2014 é a primeira positiva,
considerando-se a análise dos dados consolidados para os meses anteriores. Ela
diz que “a reação positiva foi favorecida principalmente pelo crescimento de
4,9% da receita de vendas de café e derivados, que totalizaram US$ 1,4
bilhão.”
As exportações de café e derivados representaram 48,3% das vendas
externas dos produtos do agronegócio estadual. O aumento de 28,2% das compras
da Alemanha (principal mercado do grupo mineiro) contribuiu para esse resultado.
“Outro aspecto favorável em relação ao mercado do café é o
incremento do valor médio, considerando-se o desempenho de todos os períodos
acumulados”, acrescenta. “Comparando-se os resultados de janeiro de 2014 com
os referentes ao período de janeiro a maio do mesmo ano observa-se uma
evolução do valor médio, que passou de US$ 2.254,61 (a tonelada) para US$
2.766,21, expansão de 22,7%. As exportações de café verde representaram
99,9% das vendas do grupo (café e derivados) e a evolução dos preços foi
coincidente com o comportamento do grupo.”
Lácteos e rações
Além do desempenho positivo do café, a assessora diz que merece menção
o comportamento das vendas externas de lácteos e rações para animais. “As
exportações de lácteos totalizaram US$ 50,3 milhões, um salto em relação
aos US$ 4 milhões registrados nos primeiros cinco meses de 2013. A cesta de
produtos lácteos exportados pelo Estado é composta por leite em pó, queijos,
leite condensado, creme de leite, manteiga, doce de leite e leite fluido. Em
linhas gerais, o aumento das exportações de leite em pó para a Venezuela
contribuiu para a boa performance do mercado de lácteos.
Já as exportações de rações, principalmente do segmento pet, somaram
US$ 24,5 milhões, valor 44% superior ao de igual período do ano anterior. Na
análise dos principais destinos, destaca-se o aumento das exportações para o
Chile, Uruguai e Colômbia, que contribuiu para o bom desempenho do grupo.
“Esses países responderam, juntos, por 80,3% do valor total embarcado pelo
Estado”, avalia Márcia Silva.
Ela ainda observa que a análise do comportamento dos demais grupos que
lideram a cesta de exportações do agronegócio de Minas Gerais merece maior
cautela. As exportações do complexo soja, de carnes, produtos florestais e do
complexo sucroenergético responderam por 13,2%, 13,0%, 9,3% e 8,6%,
respectivamente, do valor exportado pelo setor estadual. Para o complexo soja,
houve recuo da receita cambial de 3,9%; as exportações de carnes tiveram
variação negativa de 9,6%; produtos florestais e complexo sucroenergético
recuaram 1,1% e 16,9%, respectivamente.
China em evidência
Segundo Márcia Silva, o desaquecimento das compras de soja em grão por
parte da China é capaz de justificar o comportamento verificado para o complexo
soja. Para carnes, a redução das exportações de carne de frango para a
Arábia Saudita teve participação no resultado. O recuo das compras de
celulose da Holanda foi a principal adversidade em relação ao mercado
florestal. Para o complexo sucroalcooleiro, um evento isolado desfavorável foi
a diminuição das exportações de açúcar para a India e os Emirados Árabes
Unidos.
Os principais mercados de destino dos produtos do agronegócio mineiro
foram China, Alemanha, Estados Unidos e Itália. As exportações para a China
registraram incremento positivo de 7,3% (impulsionadas pelo aumento das compras
de celulose e açúcar); para a Alemanha, o incremento positivo foi de 30,7%
(lideradas pelo incremento das transações com café verde); Estados Unidos,
aumento de 3,9% (beneficiadas pelo aquecimento das compras de soja em grão e
álcool); e, para a Itália, foi apurado recuo das compras de 1,9%.
De acordo com a assessora, as condições de importantes parceiros
comerciais acabam por influenciar os resultados segmentados. “Tal fato
evidencia a relevância de diversificação e conquista de novos mercados, com
vistas a reduzir a dependência em relação ao mercado consumidor”, finaliza.
As informações partem da Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.
(CBL)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50