Porto Alegre, 12 de janeiro de 2021 – As exportações brasileiras do
agronegócio somaram US$ 100,81 bilhões em 2020, segundo maior valor da série
histórica, atrás somente de 2018 (US$ 101,17 bilhões). Em relação a 2019,
houve crescimento de 4,1% nas vendas externas do setor.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a expansão foi resultado
do aumento do quantum exportado (+9,9%), uma vez que o índice de preço caiu
5,3%. O agronegócio foi responsável por quase metade das exportações totais
do Brasil em 2020, com participação recorde de 48%.
Já as importações de produtos do agronegócio apresentaram queda de
5,2%, chegando a US$ 13,05 bilhões. O aumento das exportações e queda das
importações resultou em um saldo superavitário de US$ 87,76 bilhões para o
setor.
O complexo soja (grão, óleo e farelo) foi o principal produto da pauta
exportadora, com US$ 35,24 bilhões e 101,04 milhões de toneladas. As
exportações do grão representaram 81,1% do valor exportado e alcançaram o
segundo maior montante da série histórica, com US$ 28,56 bilhões e 82,97
milhões de toneladas. A exportação foi maior em valor e quantidade do produto
apenas em 2018: US$ 33,05 bilhões e 83,25 milhões de toneladas.
As carnes ocuparam a segunda posição no ranking dos setores exportadores
do agronegócio em 2020, com US$ 17,16 bilhões. As vendas de carne bovina
corresponderam a 49,4% desse montante, com crescimento de 11,1% ante 2019. As
exportações de carne bovina in natura registraram recorde em valor (US$ 7,45
bilhões) e quantidade (1,72 milhão de toneladas).
As exportações de carne de frango representaram 34,9% do total exportado
pelo setor de carnes nos 12 meses, com US$ 5,99 bilhões. Já as vendas externas
de carne suína somaram US$ 2,25 bilhões, do quais 94,1% corresponderam ao
produto in natura. O montante registrado nas exportações de carne suína in
natura foi recorde histórico, tanto em valor (US$ 2,12 bilhões), quanto em
quantidade (901,10 mil toneladas).
Em relação aos compradores, a China adquiriu 73,2% da soja em grão
exportada, o que correspondeu a US$ 20,91 bilhões (2,2% superior a 2019). E
também foi o principal destino da carne bovina in natura exportada, 54,2% (US$
4,04 bilhões). O país contribuiu para o crescimento dessas vendas, uma vez que
adquiriu US$ 1,35 bilhão a mais do que em 2019 (+50,3%).
Balança comercial em dezembro de 2020
Em dezembro de 2020, as exportações do agronegócio somaram US$ 7,30
bilhões, recuo de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 7,59
bilhões). A queda ocorreu em função da redução do índice de preço e de
quantum dos produtos exportados, que caíram 1,1% e 2,7%, respectivamente.
As importações de produtos do agronegócio subiram de US$ 1,21 bilhão em
dezembro de 2019 para US$ 1,35 bilhão em dezembro de 2020, alta de 11,5%.
Os destaques do mês foram milho e açúcar. Os embarques de milho foram de
5 milhões de toneladas ou o equivalente a US$ 945,3 milhões (+33,5%). Três
países compraram mais de US$ 100 milhões de milho brasileiro: Egito (US$
164,39 milhões; +427,4%); Vietnã (US$ 148,32 milhões; +96,8%) e Irã (US$
119,57 milhões; +91,2%).
As vendas externas de açúcar em bruto foram de US$ 740,08 milhões
(+119,3%) ou 2,6 milhões de toneladas. A China foi a maior importadora de
açúcar, com US$ 156,84 milhões (+665,3%). Outros países que importaram mais
de US$ 50 milhões foram: Argélia (US$ 98,34 milhões; +72%); Malásia (US$
69,86 milhões); Nigéria (US$ 56,17 milhões; +15,3%) e Emirados Árabes Unidos
(US$ 50,69 milhões).
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 14/08/2025 10:30