Porto Alegre, 9 de março de 2015 – A Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) reivindica ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a instalação de um núcleo de
pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras.
Em documento encaminhado à ministra Kátia Abreu, da Agricultura e
Pecuária, o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo expôs que Santa
Catarina se destaca no incremento da produção de leite. Nas pequenas unidades
de produção a atividade proporciona importante renda para as famílias
menores. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção,
especialmente da genética e sanidade.
Quinto produtor nacional, o Estado gera 2,8 bilhões de litros/ano.
Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que
gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo
rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000
produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4
milhões de litros/dia.
O dirigente observa que, para a produção tornar-se mais competitiva, há
a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais
adaptadas à região. “A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho
proporcionará um salto notável na elevação da qualidade da produção e da
renda dos produtores”, prevê.
A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de
Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à
produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de
regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa
adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa
eficiência nutricional.
Atualmente a Embrapa mantém duas unidades em Santa Catarina. Uma em
Concórdia, a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e
tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. A outra é
o Escritório de Negócios de Canoinhas, com pesquisas e produção de
batata-semente; mudas de frutíferas; semente básica de cebola e ramas livre de
vírus de batata doce. Outras unidades da Embrapa atuam com a validação de
trabalhos com hortaliças, frutas e espécies arbóreas nativas, além de
plantas medicinais, aromáticas e condimentares.
Pedrozo sustenta que o novo núcleo de pesquisa poderá ser criado junto à
Embrapa de Concórdia (SC). O foco será a produção e manejo de forragem, o
que gerará conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da
possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.
Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite
em três unidades: a de gado de leite, voltada à soluções para o
desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a
unidade Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da
produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve
pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos
campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná em Bagé (RS). Com informações da assessoria de imprensa da
Faesc.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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