Porto Alegre, 1 de dezembro de 2022 – A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São
Paulo (FAESP) está fazendo gestões junto ao governo federal para garantir que os recursos do Plano
Safra cheguem aos produtores paulistas. A Federação está preocupada, por exemplo, com a
suspensão das linhas de crédito para pequenos produtores do Pronaf no BNDES para a compra de
tratores e colheitadeiras, com juros de 6% ao ano, “em razão do nível de comprometimento dos
recursos disponíveis no programa”.
“Os produtores dependem não somente de recursos imediatos, para a atual safra, mas também para
realizar investimentos estratégicos que vão dar resultados nos próximos ciclos. A falta de acesso
ao financiamento hoje pode comprometer investimentos e safras futuras. Por isso, estamos buscando
dialogar com as instituições responsáveis para garantir estes financiamentos”, afirma o
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), Fábio de
Salles Meirelles. Também estão suspensas linhas de crédito de custeio e de investimento do
Pronamp, para a média agricultura, além das linhas de investimento do Programa ABC, PCA Armazéns,
Inovagro e Moderfrota.
O gerente do Departamento Econômico da FAESP, Cláudio Brisolara, lembra que estes recursos
possuem taxas de juros menores do que as praticadas pelo mercado financeiro – em média de 13,5% ao
ano. “O custo financeiro e o custo total de produção certamente vai aumentar caso os produtores
busquem outras alternativas de financiamento no sistema bancário para realizarem seus
investimentos”.
Ele ressaltou que investimentos em máquinas são estratégicos para manter a produtividade das
propriedades rurais. “Se o produtor postergar a compra de novos equipamentos, a produtividade
poderá ser afetada.” lembra ele. Outra linha suspensa é o Programa para Construção e Ampliação
de Armazéns (PCA), outro investimento considerado estratégico.
Brisolara destacou ainda a importância dos investimentos em programas para baixa emissão de
carbono, que podem ser comprometidos pela falta de recursos do BNDES. “Investimentos em eficiência
energética, como a energia solar, são fundamentais para aumentar a sustentabilidade das
propriedades, além de contribuir para reduzir custos”.
Do início de julho ao dia 19 de outubro, o BNDES aprovou a liberação de R$ 17,6 bilhões para
66 mil beneficiários. De acordo com a instituição, “o comprometimento acelerado dos recursos
decorre da forte demanda por crédito do setor agropecuário”. O banco de fomento alegou ainda
necessidade de “compliance com seus controles e práticas bancárias”. As informações são da
assessoria de imprensa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).
Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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