Porto Alegre, 5 de abril de 2023 – Em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula
da Silva, que durou quase duas horas nesta terça-feira (4), o ministro da Agricultura e Pecuária,
Carlos Fávaro, apresentou o balanço da viagem à China.
Logo no primeiro dia de agenda em Pequim, após reunião com o ministro da Administração Geral
da Aduana Chinesa (GACC), Fávaro comunicou o levantamento do embargo às importações de carne
bovina brasileira ao país asiático, que durou 29 dias, prazo recorde em relação a outros
governos, que levaram cerca de 100 dias para retornar as exportações para a China.
O ministro Fávaro contou ao presidente Lula do clima receptivo e amigável por parte da
população chinesa nas ruas, especialmente das autoridades do país, que mostraram boa vontade nas
reuniões oficiais que discutiram novos acordos entre os dois países. Fávaro confirmou a Lula que
já chegou a nove os registros de aberturas de mercado para produtos do setor agropecuário
brasileiro neste ano, número expressivo para tão pouco tempo de governo.
Em janeiro, o Egito abriu mercado para o algodão e a Argélia para bovino vivo. Já em
fevereiro, o Chile autorizou as importações de mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia
(codorna), o Panamá para sêmen bubalino, o México de carne suína e a Malásia de gelatina
bovina. Em março, tivemos a abertura do México para carnes bovina, além da carne de frango da
Polinésia.
“O Brasil volta a ser uma grande oportunidade para as relações comerciais com o parceiro da
China. Isso significa oportunidades de empregos e renda”, frisou o ministro. “Tratativas importantes
que há muitos anos a gente sonhava devem se concretizar com a presença do presidente Lula na
China”, destacou. Uma delas é a certificação digital que deve tornar a tramitação mais rápida
e confiável, diminuindo a burocracia para os exportadores brasileiros.
Segundo Fávaro, o acordo trará um ganho importante para o setor, assim como outra ação em
andamento, que permite a operação direta entre real e a moeda chinesa, sem necessidade de
dolarização.
Outro tema que merece destaque nessa missão foi a entrega de uma carta da Administração Geral
de Alfândegas da China (GACC) para o ministro Carlos Fávaro, reconhecendo a qualidade, segurança
e credibilidade do sistema de defesa brasileiro. “Para nós foi um motivo de grande orgulho e
fortalecimento da nossa parceria”, disse Fávaro. As informações
Atualmente, o Brasil tem mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo
governo chinês. As oportunidades estão postas na mesa e tenho certeza de que teremos mais produtos
comercializados com a China, celebra Fávaro.
Outra pauta da agenda do Mapa na China foi a sustentabilidade. O ministro lembrou que o Brasil
tem grande potencial de crescimento da produção sustentável, mas ainda faltam investimentos nesta
área. Segundo ele, o BNDES está formatando uma linha de crédito com taxas de juros equacionadas
para aumentar a produção sustentável no Brasil. As informações partem do Ministério da
Agricultura e Pecuária (Mapa).
Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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