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AGRONEGÓCIO: Indice de Confiança se mantém estável, em campo pessimista

29 de outubro de 2015
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Porto Alegre, 29 de outubro de 2015 – O Indice de Confiança do
Agronegócio, medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), apurou uma
queda de 0,4 ponto no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o
período imediatamente anterior. Embora seja o menor recuo registrado no ano,
esta é terceira vez consecutiva que o ICAgro registra queda.

A confiança do setor entre julho e setembro deste ano caiu para 82,4
pontos, ante 82,8 do segundo trimestre de 2015. O resultado pode ser explicado
pelo equilíbrio entre os aspectos positivos para o agronegócio – como por
exemplo, as perspectivas de bons preços em reais para produtos agrícolas – e
situações negativas, como o quadro geral de incertezas na economia brasileira.

A sondagem, divulgada nesta quinta-feira (29/10), destaca certa
recuperação da confiança da indústria “antes da porteira” (insumos
agropecuários), que apresentou alta de 7,3 pontos em relação ao segundo
trimestre de 2015, a maior entre todos os elos. A pontuação de 73,3 pontos
reflete, em parte, a retomada das entregas/vendas a partir de maio/junho.

O gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa,
explica que ocorreu uma certa reversão das expectativas, especialmente nos
segmentos de fertilizantes e defensivos, que sofreram muito nos dois primeiros
trimestres do ano. A partir de junho, ele diz, o crédito voltou, ainda que não
da forma ideal e a valorização do dólar frente ao real impulsionaram a
retomada das vendas. “O crédito é decisivo para o desempenho das indústrias
de sementes, defensivos e fertilizantes, o que não significa que a confiança
nesta variável tenha sido totalmente retomada.”

Já a confiança da indústria depois da porteira (alimentos) caiu 3,1
pontos fechando em 82,7 pontos ante 85,8 do último levantamento. O recuo neste
elo se deve, principalmente, à retração da economia, à deterioração do
mercado de trabalho, que já afetavam negativamente as vendas do setor e às
expectativas de continuidade de um cenário negativo para 2016. É importante
lembrar que essas indústrias, por muito anos, se aproveitaram de um movimento
consistente de elevação do consumo, que agora começa a apresentar retração
devido a fatores negativos da economia brasileira.

O IC Agro apurou ainda que a confiança do produtor agropecuário
manteve-se praticamente estável neste terceiro trimestre. A alta de 0,9 ponto
na confiança do produtor agrícola foi anulada pela queda de 5,7 pontos no
índice do produtor pecuário.

O índice geral para este elo da cadeia fechou o período em 85,9, queda de
0,8 ponto em relação ao levantamento anterior.

O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, explica que do ponto de
vista do produtor agrícola a melhora nos ânimos em relação a precificação
das commodities, provocada pelo câmbio, suplantou a queda registrada pelos
custos de produção, componente afetado negativamente pela desvalorização do
real. Já para o produtor pecuário, o aumento do preço das rações e o recuo
dos preços do boi e do leite, abaixo dos níveis registrados no ano, gerou a
deterioração do indicador, uma vez que o componente preço condiciona suas
expectativas em relação à confiança. “Acreditamos que, apesar de alguns
indicadores permanecerem sólidos, a exemplo da confiança do produtor no seu
próprio negócio, o cenário de relativo pessimismo deva persistir, agravado
sobretudo pela instabilidade econômica e política vivenciada pelo país. ”

Preocupações x Investimentos

Entre julho e setembro, o clima ocupou o topo da lista das preocupações,
com 35% das respostas, seguido pelo aumento do custo de produção, com 34%. Os
dois itens já lideravam o ranking na sondagem anterior. A ordem, porém, era
invertida: o custo liderava com 42% e o clima vinha em segundo com 37%.

Os efeitos da desvalorização do real sobre as cotações das commodities
agrícolas diminuíram os temores a respeito da remuneração dos produtores. No
segundo trimestre de 2015, o preço de venda ocupava o terceiro lugar da lista
de preocupações, com 23% das respostas. Na sondagem atual, o item foi apontado
por 16% dos entrevistados, caindo para o quarto lugar.

Já a escassez de crédito foi relacionada como um problema por 13% dos
produtores, quatro pontos percentuais a menos do que no levantamento anterior.

O IC Agro também apura as intenções de investimento do agronegócio
brasileiro. Na sondagem atual, 52% dos produtores agrícolas informaram que
pretendem investir mais em tecnologia. No primeiro trimestre de 2015 este
índice era de 68%.

Enquanto isso, 66% dos produtores pecuários afirmaram que pretendem
direcionar a maior parte dos investimentos para avanços tecnológicos. Queda de
sete pontos se comparado à sondagem de janeiro a março deste ano.

Ainda segundo a sondagem, apenas 14% dos produtores agrícolas demostraram
disposição de ampliar o investimento na aquisição e modernização de
máquinas e equipamentos, enquanto 26% devem investir mais no aperfeiçoamento
da gestão de pessoas. Com informações da assessoria de imprensa da Fiesp.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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