Porto Alegre, 15 de maio de 2015 – Mesmo com a retração geral na
atividade econômica do Brasil, acentuada no início de 2015, o Produto Interno
Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 0,13% em janeiro, comparado com o
mesmo mês do ano passado. É o que demonstra levantamento feito pelo Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A maior
contribuição para o desempenho positivo do PIB do agronegócio foi dada pelo
setor pecuário que apresentou crescimento de 0,34%, além do fato de o setor
agrícola ter se mantido estável, com índice positivo de 0,02% no início do
ano.
Deste modo, a renda do agronegócio brasileiro para 2015 está estimada
em R$ 1,209 trilhão, sendo que R$ 819,46 bilhões (68%) referem-se ao ramo
agrícola e outros R$ 390,48 bilhões do setor pecuário, 32% do total. Se
observado de forma isolada, segundo o estudo Cepea/CNA, o melhor desempenho
ocorreu na área de insumos, com expansão de 0,45% ao lado de cenários de alta
tanto para a agricultura (0,47%) quanto para o setor pecuário (0,42%). A
produção agrícola foi afetada pelo fraco desempenho dos preços, com
elevação de apenas 0,03%. E, em razão desse cenário, o crescimento do setor
em 2015 deverá ficar abaixo de 1%, em contraposição ao crescimento médio de
3,05% ocorrido no ano passado.
Crescimento – Sendo assim, de acordo com os números do Cepea/CNA,
espera-se crescimento anual para as seguintes culturas: arroz (0,42%); batata
(130%); café (54,18%); cebola (126,28%); fumo (3,51%) e tomate (1,39%). No caso
do arroz e do fumo, as perspectivas são de alta tanto com relação aos
preços quanto à produção. Já em relação aos demais produtos, a expansão
esperada refere-se à melhoria nos preços, embora a expectativa seja de queda
na produção.
Do lado oposto, alguns produtos deverão ter desempenho negativo no
faturamento ao longo de 2015. O algodão, por exemplo, deverá ter queda de
36,68%, enquanto a banana outros 12,43%. Quedas são esperadas, também, para o
cacau (17,69%); cana (3,09%); feijão (8,51%); laranja (2,54%); mandioca
(57,06%); milho ( 4,09%); soja (8,5%); trigo (29,09%); e uva (2,03%). O
Cepea/CNA explica que, no caso da maioria dos produtos analisados, a expectativa
é de queda tanto para os preços quanto para a produção.
Vale destacar o comportamento da pecuária neste início de 2015. Com bom
desempenho nos preços e na produção, a bovinocultura de corte cresceu 3,55%.
Já com relação aos suínos os preços também foram satisfatórios, na
comparação com janeiro do ano passado, mas nas demais atividades, avicultura
de corte e postura e leite, ocorreram desvalorizações nas cotações. O estudo
alerta para as dificuldades conjunturais enfrentadas pela economia brasileira,
especialmente os índices elevados para a inflação, provavelmente acima do
teto da meta fixada pelo Governo, que é de 4,5%. As informações partem da
Assessoria de Comunicação CNA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,81Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.675,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 69,88Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45