Porto Alegre, 15 de dezembro de 2016 – O Produto Interno Bruto (PIB) do
setor agropecuário de Minas Gerais deve fechar 2016 com crescimento de 5,18% em
comparação a 2015, e chegar a R$ 197,15 bilhões. Os produtos agrícolas
serão responsáveis por 53,8% do PIB do agronegócio do estado, gerando R$
106,03 bilhões, com crescimento de 12,98% em relação ao ano passado. Com
46,2% do PIB do agronegócio do estado, a pecuária deve recuar 2,64% e faturar
R$ 91,12 bilhões.
Estes dados fazem parte do balanço 2016 do agronegócio de Minas,
divulgado nesta quinta-feira, 15, pela FAEMG. “Apesar de todos os percalços,
dos problemas políticos e econômicos, tivemos um ano produtivo, de muito
trabalho e conseguimos fazer com que o agronegócio de Minas continuasse
crescendo, sustentado pela agricultura”, diz o presidente da FAEMG, Roberto
Simões.
A balança comercial da agropecuária de Minas, até outubro, atingiu US$
5,7 bilhões e representou 45,8% das vendas externas do estado. Apesar do
superávit de cerca de US$ 5,6 bilhões, as exportações do setor caíram 1,7%
em relação aos primeiros 10 meses de 2015, enquanto as importações cresceram
12,7%, atingindo US$ 397,4 milhões, no mesmo período. O VBP (Valor Bruto da
Produção), até outubro deste ano, ficou em R$ 62,34 bilhões, aproximadamente
15% maior que o registrado em igual período do ano passado.
O café foi um dos destaques do agronegócio mineiro em 2106. O ano foi de
safra cheia, com produção mais elevada, que deve chegar a 49,6 milhões de
sacas. “Mesmo assim, os estoques nacionais do produto estão em um patamar
mais baixo, no limite para atender a demanda interna e externa”, diz o diretor
da FAEMG e presidente das Comissões Nacional e Estadual de Café da CNA e
FAEMG, Breno Mesquita. O café é responsável por 45,1% das exportações do
agronegócio do estado, acumulando US$ 2,7 bilhões nos primeiros 10 meses do
ano. O principal país comprador foi a Alemanha, com 21,1% do total exportado.
Outro segmento que também teve destaque no agronegócio de Minas foi o
sucroalcooleiro, puxado pelo bom preço do açúcar no mercado externo.
Por causa da crise econômica, aumento do desemprego, os segmentos de
suínos e bovinos tiveram demanda menos aquecida no mercado interno. Mas a
abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina in natura brasileira
é um bom indicador para a conquista de novos mercados. “É necessário nos
aproximarmos mais da China e dos Estados Unidos, que são estratégicos para
nossos produtos pecuários. Por serem muito exigentes, habilitam o Brasil a
conquistar outros mercados”, diz a coordenadora da Assessoria Técnica da
FAEMG, Aline Veloso.
O ano foi completamente atípico para o leite, que teve preços maiores
pagos ao produtor em boa parte de 2016. “No entanto, houve aumento dos custos
de produção por causa dos preços mais altos da soja e do milho, bases para a
ração animal, que fizeram com que a renda da atividade para o produtor não
fosse tão boa”, analisa o diretor da FAEMG e presidente da Comissão Nacional
da Bovinocultura de Leite da CNA e da Câmara Setorial de Leite e Derivados do
Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), Rodrigo Alvim. Outro ponto
negativo para a pecuária leiteira foi a autorização do Mapa, para a
reidratação do leite em pó, para produção de leites fluidos (UHT e barriga
mole – saquinho) na área da Sudene. Com informações da assessoria de imprensa
da FAEMG.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2016 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 13/05/2025 09:50