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AGRONEGÓCIO: Setor registrou superávit de US$ 10,1 bilhões em julho

12 de agosto de 2021
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Porto Alegre, 12 de agosto de 2021 – O Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) publicou, nesta quinta-feira (12), o fechamento dos dados de
julho do comércio exterior do agronegócio brasileiro. A balança comercial do
setor encerrou o mês com saldo positivo de US$ 10,1 bilhões, sendo registradas
exportações de US$ 11,29 bilhões e importações de R$ 1,23 bilhões.

Na comparação com julho de 2020, houve alta de 38,6% nos preços médios
das exportações, já no acumulado do ano, houve alta de 20,8%. De acordo com o
Grupo de Conjuntura do Ipea, o preço médio dos produtos embarcados no Brasil
seguem com tendência de alta.

Em julho, apesar da acomodação nas exportações, alguns produtos do
agronegócio brasileiro alcançaram volumes recorde de exportação ao longo do
primeiro semestre de 2021: café, açúcar, algodão e carne suína. No
acumulado do ano, de janeiro a julho de 2021, os produtos com maior variação
positiva nos preços médios foram a soja (28,6%), a carne bovina (12,2%), o
açúcar (14,7%), a madeira (15%) e o milho (22,2%).

“A produção de café e açúcar pode ser prejudicada por problemas
climáticos, pois também foi em decorrência da falta de chuva que houve o
atraso do plantio da soja, e a geada comprometeu parte da segunda safra de
milho. O Brasil tem uma participação significativa na comercialização dessas
commodities e uma queda no volume de exportações tem impacto nos preços
futuros desses produtos”, avaliou o diretor de Estudos e Políticas
Macroeconômicas (Dimac/Ipea), José Ronaldo Souza Júnior.

Problemas sanitários em alguns países contribuíram para aumentar as
exportações brasileiras de carnes suínas e de frango (neste caso, houve
diversificação dos países importadores). “A China continua liderando a
lista dos principais países importadores de carne suína brasileira. Mas, o
destaque dessa vez foi para o aumento das exportações para a Argentina e o
Uruguai, que aumentaram suas exportações de carne bovina, e compensaram a
demanda doméstica por proteína animal com carne suína do Brasil”, observou
Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Ipea e uma das autoras do estudo.

A análise dos pesquisadores tomou como base dados da Secretaria de
Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME), do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), além do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O complexo soja – que inclui soja em grão, farelo e óleo de soja –
segue liderando as exportações. Em julho, a queda de 8,8% no volume exportado
foi compensado pelo aumento de 21,6% no valor, na comparação com julho de
2020. Os preços médios do grão tiveram alta de 28,6%.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne bovina e o maior
exportador mundial. Por conta disso, a queda na oferta doméstica vem se
refletindo nos preços internacionais desde o ano passado. O preço médio da
proteína teve aumento de 31,9%. O exportador brasileiro tem enfrentado
dificuldade para obter contêineres para escoar o produto, além da baixa oferta
de boi acabado (nome dado ao boi pronto para o abate, quando atinge um peso
ideal para a comercialização).

O preço médio do milho teve alta de 27,6% em julho, apesar da queda de
36,4% em valor e 50,2% em quantidade, frente ao mesmo mês de 2020. A
recuperação nos preços do grão vem acontecendo desde janeiro deste ano, com
crescimento de 22,2% no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período
do ano anterior. A queda na produção doméstica devido aos problemas
climáticos têm limitado a capacidade exportadora do Brasil.

O açúcar foi o segundo produto (depois do milho) que apresentou maior
queda na quantidade exportada (25%) em julho deste ano frente a 2020. Apesar da
queda de 10,9% no valor, fechou o mês com alta de 18,9% nos preços médios. No
acumulado do ano, houve alta de 21,6% no valor, 6% na quantidade e 14,7% no
preço médio. As estimativas das safras brasileiras e europeia estão sendo
impactadas pela redução da área plantada e por conta de incertezas em
relação ao clima (estresse hídrico).

As mudanças climáticas também são responsáveis pela queda nas
estimativas para a produção do café. A Conab e o IBGE revisaram para baixo
suas estimativas de safra 2021/2022 no país. Devido à bienalidade negativa, as
estimativas já eram mais baixas que as da safra passada. Apesar da queda de
15,9% na quantidade e 1,2% no valor do grão em relação a julho do ano
passado, houve aumento de 17,5% no preço médio. No acumulado do ano, houve
alta de 12,8% no volume embarcado e 15,2% no preço, na comparação com mesmo
período do ano passado.

O frango foi o segundo produto da pauta de exportação com maior
variação em valor (47,3%) em julho, na comparação com o mesmo mês do ano
passado. Também houve crescimento em quantidade (15,4%) e no preço médio
(27,6%). No acumulado do ano, a alta se manteve no valor (15,1%), na quantidade
(7,4%) e no preço médio (7,2%). Os novos destinos contribuíram para o bom
desempenho: México, Filipinas e África do Sul aumentaram suas importações em
virtude dos problemas sanitários domésticos ligados a doenças no rebanho.

O aquecimento da demanda internacional e a valorização da carne suína,
desde o início da peste suína africada (PSA) em 2012, fizeram com que essa
proteína tivesse aumento de 19% no preço médio em julho e 8,8% no acumulado
do ano frente ao mesmo período de 2020. Em volume, houve alta de 1,7% em julho
e 14,6% no acumulado do ano frente ao ano anterior.

As informações são da assessoria de comunicação do Ipea.

Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS

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