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AGRONEGÓCIO: Setor se mobiliza na luta contra o coronavírus em SP

23 de abril de 2020
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Porto Alegre, 23 de abril de 2020 – O agronegócio está mobilizado para
auxiliar na luta contra o novo coronavírus (Covid-19). Além das ações
relacionadas ao abastecimento, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo atua para realizar o diagnóstico da doença e discutir
junto a associações e especialistas o uso de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) durante a pandemia. Além disso, técnicos e pesquisadores da
Secretaria com formação em biologia, biomedicina e medicina veterinária se
cadastraram no Ministério da Saúde para atuar em todo o país no combate ao
coronavírus, caso seja necessário.

O setor privado também tem feito diversas ações, sendo um exemplo delas
a produção e disponibilização de 250 mil litros de álcool 70% a
população, além da parceria entre o Governo do Estado e empresas para
distribuição de adesivos eletrônicos (tags) para caminhoneiros. Há ainda
ações da Secretaria relacionadas ao compartilhamento de orientações junto
aos produtores rurais e consumidores, por meio de manuais gratuitos.

“Desde o início da pandemia, temos trabalhado de forma integrada com
todas as frente da Secretaria de Agricultura, colocando à disposição toda a
tecnologia e corpo técnico capacitado que atua nos institutos de pesquisa, na
extensão rural, no abastecimento e na defesa agropecuária para contribuir na
minoração dos problemas de abastecimento de alimentos, na saúde e no
bem-estar da população”, afirma o secretário de Agricultura e Abastecimento
Gustavo Junqueira.

A infraestrutura e a expertise do Instituto Biológico (IB-APTA) na área
de diagnóstico de viroses em animais de produção permitiu que a
instituição, ligada à Secretaria de Agricultura, recebesse avaliação
satisfatória do Instituto Adolfo Lutz para diagnóstico da Covid-19. O
Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto, que possui instalação de
Biossegurança nível 3 (NB3), iniciará o atendimento após adequação e
recebimento de insumos e EPI.

Na área de Equipamentos de Proteção Individual, a expertise do Instituto
Agronômico (IAC-APTA) na área de EPI para aplicação de defensivos
agrícolas também tem auxiliado discussões com a Associação Nacional da
Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (ANIMASEG). O
Centro de Engenharia e Automação (CEA-IAC) tem auxiliado, por exemplo, na
revisão de nota técnica para orientações para serviços de saúde, com
medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante assistência a
casos suspeitos da Covid-19 no que se refere a EPI.

Além disso, o CEA tem atuado na revisão de texto geral e elaboração de
respostas relacionados a fabricação e aquisição de vestimentas que possuam
repelência a líquidos ou impermeáveis similares àquelas utilizadas para
proteção contra agentes químicos. Outra ação é a elaboração de um manual
explicativo para profissionais de saúde, para que possam entender a
equivalência entre os equipamentos que utilizam e o que pode ser utilizado.

O Centro de Engenharia e Automação do IAC é referência no Brasil e no
exterior em trabalhos científicos relacionados a vestimentas de proteção para
aplicação de defensivos agrícolas. A instituição possui o Programa IAC de
Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (QUEPIA), que
avalia os EPI agrícolas do mercado nacional e disponibiliza o selo QUEPIA para
as marcas que estão em conformidade com a legislação. Além disso, o IAC
integra a Comissão de Estudos de Luvas e Vestimentas para Riscos Químicos da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Organização
Internacional de Normatização (ISO).

Os laboratórios de prestação de serviços do IAC, como análise de
solos, resíduos, microbiologia, diagnóstico de doenças e a produção de
sementes genéticas continuam em atividade, atendendo aos produtores. Medidas de
prevenção aos servidores foram devidamente orientadas.

Os profissionais que atuam na Secretaria de Agricultura também estão
mobilizados para auxiliar o Ministério da Saúde, caso seja necessária
atuação durante a pandemia. O Ministério tem o objetivo de cadastrar e
capacitar nos protocolos clínicos da doença cerca de cinco milhões de
profissionais de saúde de 14 categorias, como biologia, biomedicina e medicina
veterinária. O reforço é para auxiliar os gestores do Sistema Único de
Saúde (SUS) nas ações de enfrentamento da Covid-19 a partir da capacidade de
trabalho.

O médico veterinário e pesquisador do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA),
Jackson Barros do Amaral, foi um dos profissionais da Secretaria de Agricultura
a se cadastrar na plataforma do Ministério da Saúde. Amaral, que atua desde
1994 no IZ, na área de sanidade animal, explica que na verdade não existe uma
saúde humana e outra animal e que o Ministério deve se beneficiar com o
cadastramento de todos os profissionais da área da saúde em estudos e
atividades inerentes a cada profissão na prevenção, controle, tratamento e
mecanismos de transmissão da pandemia entre humanos, animais e ambiente.
“Envolvendo, assim, a saúde única (humana, animal e ambiental), já discutida
por diversas linhas de estudos e pesquisas pela comunidade científica. No caso
dos médicos veterinários este tema tem fundamental importância, tendo em
vista a interação da transmissibilidade das pandemias pelos animais,
representando um campo promissor de ações conjuntas com os demais
profissionais da área de saúde”, afirma.

O Instituto de Pesca (IP-APTA) também colocou à disposição de
pesquisadores seu material biológico de linhagens de macroalga marinha, que
possuem atividades antioxidantes, anticoagulantes, antihiperlipidemicas,
antihiperglicêmicas, anti-inflamatórias, antitumorais, antifúngica e
antivirais. A macroalga Kappaphycus alvarezii, estudada pelo IP para o uso na
indústria, é uma fonte importante do polissacarídeo sulfatado, que são
componentes estruturais da parede celular da alga e são os mais estudados como
compostos antivirais.

Setor privado também está mobilizado

Governo e Iniciativa privada também estão trabalhando em conjunto para
ações relacionadas ao combate ao novo coronavírus. Um exemplo é a parceria
entre o Governo de São Paulo e as empresas Conectcar, Sem Parar e Veloe para a
distribuição gratuita sem taxa de adesão ou de mensalidade de 25.850 adesivos
eletrônicos (tags) para o pagamento de pedágios nas rodovias do Estado. Ao
utilizar as tags nas cabines automáticas, motoristas e funcionários eliminam o
risco de contágio pelo coronavírus e agilizam o deslocamento pelas rodovias,
principalmente dos caminhoneiros, principal público da ação. O Governo do
Estado também criou um site (www.abastecimentoseguro.sp.gov.br) com as
informações sobre as estradas para os caminhoneiros. Recentemente, o site
passou a receber manifestações de consumidores, que podem relatar problemas
nas estradas e estabelecimentos e denunciar a falta de itens ou preços abusivos
dos produtos comercializados.

Nesse período de quarentena, 64% dos pagamentos de pedágio nas rodovias
paulistas estão sendo feitos nas cabines automáticas, o que elimina o contato.
O objetivo do Governo de São Paulo é ampliar ainda mais este serviço como
forma de proteger esses profissionais.

Outro exemplo é o caso da Natura &Co e o Grupo São Martinho que
produziram 250 mil litros de álcool 70% doados para a Secretaria de Saúde do
Estado com o objetivo de ajudar na prevenção do novo coronavírus e proteger a
saúde de milhares de pacientes da rede pública. O álcool, doado pelo ‘Grupo
São Martinho’, foi processado e envazado na fábrica da Natura em São Paulo.
Foram 50 mil litros, distribuídos em embalagens de 750 ml.

Além disso, a marca Coperalcool também doou 50 mil frascos de álcool em
gel para instituições de segurança pública do Estado, como a Polícia
Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros.

Informação também ajuda a salvar vidas

Os profissionais que atuam na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo também têm trabalhado para levar informações para os
produtores rurais e consumidores para prevenção contra a Covid-19. O Manual de
Orientações e Boas Práticas ao Consumidor Final contra a Covid-19 traz dicas
de como os consumidores podem ser proteger para evitar a propagação do vírus
e o Manual de Orientação e Boas Práticas contra o Covid-19 para a
População Rural leva orientações para que os produtores paulistas e toda a
comunidade, que neste momento continuam trabalhando para garantir o
abastecimento de toda a população, também possam proteger sua saúde e de
suas famílias. As informações partem da assessoria de imprensa da APTA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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