Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2016 – As temperaturas mais amenas e a
maior quantidade de chuva registradas nos últimos três meses contribuem para a
produção de leite nas principais bacias do país. Estudos do Centro Nacional
de Pesquisa de Gado de Leite da Embrapa mostram que o produtor tem encontrado
condições de tempo melhores para a atividade em comparação com o ano
passado.
O pesquisador Samuel Oliveira monitorou dados meteorológicos do final de
2015 a janeiro deste ano e verificou condições mais favoráveis de temperatura
e precipitação para a pecuária de leite.
Para Oliveira, este ano não deve se repetir a irregularidade climática
observada nos últimos dois anos, com temperaturas muito elevadas e incidência
de chuvas abaixo do normal em bacias leiteiras importantes como Araxá (MG),
Poços de Caldas (MG), Foz do Iguaçu (PR), Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS).
Estabilização
Algumas regiões registraram até cinco graus acima da média em outubro
do ano passado. No entanto, para alegria dos produtores de leite, esse quadro
está se revertendo: nos últimos três meses, houve estabilização do regime
de chuvas.
“Com a regularização das precipitações no final em janeiro e
fevereiro nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, houve redução do potencial de
perda da produção leiteira por má formação de pastagens”, destaca a
Embrapa.
O município de Juiz de Fora (MG), localizado numa das principais bacias
leiteiras do país, já registra dados favoráveis à produção. Em janeiro
deste ano, a temperatura média foi três graus menor do que no mesmo mês de
2015. O regime de chuvas também está próximo à média normal, com acúmulo
de 1.500 milímetros de fevereiro de 2015 até os dias atuais.
“Tudo indica que não teremos no decorrer deste ano os problemas
climáticos severos registrados nos dois últimos anos”, afirma Samuel
Oliveira, que também destaca que a temperatura média em Goiânia (GO) caiu
dois graus no mesmo período.
As perdas decorrentes das irregularidades térmicas, conforme o
pesquisador, ocorreram mais em função do estresse térmico do que de problemas
nas pastagens relativos à seca, pois hoje o uso da suplementação alimentar
é cada vez maior.
“A pecuária de leite hoje não é mais tão dependente da pastagem,
embora a influência seja ainda bem forte”, ressalta Samuel Oliveira. “Não
há um índice exato das perdas registradas no período. Para isso seria
necessário consolidar os registros das fazendas, mas contatos com produtores
apontam para reduções de até 20 a 30% na produção nos dias mais quentes.”
As informações partem da Assessoria de Comunicação Social do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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